Ouvindo estes termos semanas atrás, fiquei a pensar sobre o que o cancioneiro popular e a literatura nomeiam sobre estes dois matizes da afetividade. No amor possível, um relacionamento amoroso é cercada de uma forma de amor que chamaríamos de amor concreto, o amor do cuidado com o outro. Um ponto que pode minar esta motivação é justamente o da certeza de tudo, do romance rotineiro, de um amor blindado, racionalizado, em que nada pode dar errado, uma suposta predestinação sacralizada, pois se baseiam em crenças que não podem exclusivamente nutrir uma vida a dois; o que é rígido tende a quebrar. E o amor impossível? Ah, quantos já desistiram dele, pois é o amor do sofrimento, das desilusões e das esperas, assim como os dramaturgos escrevem tanto. Na verdade, não fazemos idéia das belas surpresas de um amor impossível, tão propalada com inalcançável, é o amor corajoso, despojado das bagagens “do que já viu na vida”, é o amor que pode ser revivido, resgatado, sonhado e realizado, o amor da celebração da juventude e o brinde da alegria. Você se atreveria a ter um caso de amor com seu cônjuge ou parceiro(a)? Amor impossível, um desejo viável, que não precisa ser eterno, só precisa ser renovado, um amor inesperado todos os dias, com todas as cores e sabores em nosso belo e previsível mundo.
Usando intencionalmente daquele bordão dos anos 70, ainda que sob novo olhar, não ao sabor dos ideais ingênuos, " pois ainda somos os mesmos e vivemos..." mas agora mais consciente, psicobeleza é acima de tudo, buscar e proporcionar o melhor bem- estar possível para todos nós. Bem-vindos!
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
lutar por um grande amor? como assim?
Já
li tantas frases que defendem essa ideia, mas eu me pergundo se isso
tem fundamento. É interessante notar que, na infância, ainda que
hoje, o sistema de capital tenha levado os pais a idealizarem nos
filhos, a prosperidade ou o aumento do sucesso, quer seja no
investimento em cursos, modalidades esportivas, aprendizado de um
idioma, você sabe do que eu estou falando, enfim, ainda que se
assegure que isto é amor, ( e quem vai dizer que não é!) cada
família, cada cultura, uma linguagem, na maioria das vezes esse é a
única linguagem que aprenderam, o lutar pela felicidade dos filhos
que na prática, lutar pelo amor dos filhos. Estes por sua vez, por
serem em extremo dependentes, por sua vez aprendem que essa é a
única linguagem, a do favoritismo e do bem-estar fisico e social. No
entanto, aquilo que se proponha ser incondicional, tem como
resultado a suposta legitimidade de se esperar que esta criança ao
crescer “aprenda a ser grata” por tantos investimentos preciosos,
contando por fim, no desfrutar do progresso dos filhos quando aqueles
chegarem à velhice. Para tranquilizar-lhes, sem partir para o
discurso pessimista, entendo perfeitamente que todos os que procedem
com investimento no progresso dos seus filhos, não estão condenados
à frustração por receberem em troca mais tarde a ingratidão dos
filhos, porque pode-se muito bem conceder-lhes todos aqueles
recursos, tendo como recheio, como tempero, o afeto, a presença, a
valorização ao seu filho, o que produzirá para este, um sentimento
de suprimento, de mais-valia e de grandeza afetiva.
Por
esta razão defendo a ideia de que, o amor pelo qual de deve lutar é
o amor pessoal, o cuidado de si mesmo, pois equivocadamente se vê em
maior parte das vezes, no imaginário popular, através das novelas,
alguém que queira lutar pelo amor de outra pessoa; uma pessoa que ao
lutar pelo amor de alguém esquece a sua individualidade e até mesmo
da sua dignidade, esta pessoa está longe de realizar o sonho de ter
o seu amor ser reconhecido pelo outro, pois deixa escapar um
importante detalhe, tão comum e tão óbvio: nós amamos porque
amamos. O amor se aprende em casa, quando o pai e a mãe que amam seu
filho(a), não meramente por algo que estes possam produzir, mas por
eles serem resultado de um laço afetivo visceral, porém calcado no
reconhecimento de que ali está uma nova vida como flor em botão, e
como pais terem a missão de prepará-los para a vida e para o mundo.
Uma
vez que temos no início da vida, ainda que não plenamente como o
amor acontece, temos condições de olhar para nós mesmos e
compreendermos que jamais daremos aquilo que não temos, então
tenhamos uma imensa estima por nós mesmos, digo, de forma positiva e
saudável, não patológica, mas prontos a se amarem muito quando for
o momento de renovar o próprio relacionamento ou ao dar sequencia na
sua vida se for necessário dar uma guinada mais forte.
Um
imenso abraço para vocês do seu amigo Carlos.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Afinal, quem é esse sujeito?
O
Termo “sujeito” é conhecido no estudo da Língua Portuguesa para
definir aquele que é um dos termos essenciais da oração em Análise
Sintática, ainda que popularmente é um termo que indica qualquer
indivíduo em qualquer condição ou grupo social ao qual ele
pertence. Como aqui eu não tenho a pretensão de fazer alguma
palestra sobre este termo, apenas gostaria de colocar dois pontos que
me tem me instigado ultimamente.
Quando
eu era bem jovem na minha terra natal, eu ouvia muito este termo para
se referir simplesmente a algum indivíduo atribuindo-lhe algum
adjetivo, comentários como: fulano é um bom sujeito, um sujeito
“boa praça” (gente boa), ou o inverso: aquele sujeito não
presta pra nada, ou com reforço, ô sujeitinho besta! E assim fui
ouvindo e assimilando este termo por longos anos.
Como
já disse, não pretendo abrir uma tese sobre uma única palavra com
essa variedade de aplicações em nossa língua, mas me restrinjo
aqui ao sujeito como sinônimo de cativo, domado, dominado, dócil,
escravizado, obediente, subjugado, submisso.
Ainda
que no discurso da liberdade de expressão, da autonomia dos
indivíduos, dos apelos do capital, que nos oferece uma forma
interagir em especial com o mundo globalizado, somos na verdade
sujeitos a um sistema de regras que envolvem uma submissão à
tirania da beleza, da performance, do acumulo de bens ou mesmo uma
sujeição a um estilo de vida que nos nomeia como indivíduos
categorizados por classes.
Por
isso, a melhor maneira de compreendermos a que mundo pertencemos, é
reconhecendo que, independente de grau de instrução, de condição
social, de gênero ou raça ou capacidade de realização; vivemos
numa mesma aldeia, em que, nos reconhecendo nelas, é meio caminho
andado para que nas relações com nosso semelhante sejamos livres do
cruel delírio que é o de sermos melhores que o outro. Pode parecer
uma filosofia de boteco tudo isso mas, quando mais cedo nos damos
conta da inegável realidade de que precisamos uns dos outros,
teremos uma vida mais serena e encontraremos mais facilidade em
relevar quando ficamos frustrados pela conduta de alguém, como
também será fácil nos colocarmos em lugar do outro quando somos
induzidos a julgar as questões alheias. Portanto, ser sujeito é ser
humano.
Um
imenso abraço a todos.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Sentimentos velados.
Vi esta foto no facebook, não me contive e resolvi fazer alguns comentários.
Acho que a dança, seja de qual país for, em especial a dança a dois, mostra muito a intencionalidade e a sedução, na maioria dos casos é o homem quem chama e conduz a mulher ao ritmo e ao movimento da música, bem se compara ao que acontece na natureza, o macho que desperta atenção, seduz com a emissão de algum som, algum odor ou algum movimento que indique interesse de fazer par com a fêmea; aqui não vejo nenhuma conotação machista, ao contrário, mostra na própria natureza, também no comportamento humano, a mulher também deseja ser cortejada, elogiada, e com estes elementos satisfeitos, ela se deixa levar pela dança do amor, que constitui na humanidade a relação interpessoal e familiar, através da união conjugal e nossa organização como família e sociedade.
Se procurarmos, no Brasil temos a dança de par, que varia em alguns elementos em várias regiões do nosso país, mas em comum tem o elemento latinidade, que é uma forte sensualidade e molejo, herança que recebemos a vinda dos portugueses e dos negros para nossa terra; danças como a de Salão e o Forró, poderiam ser exemplificadas como as danças de par essencialmente brasileiras, mas por conta da nossa influência católica romana, estas danças são consideradas promiscuas por estarem num contexto social voltado para o lado boêmio e portuário; a religiosidade do brasileiro transforma então o erótico, que nada tem necessariamente a ver com o pornográfico, em uma forma de subverter a religiosidade transformando o eros em segredo, para se proteger do que é considerado um dos sacramentos, comparado ao batismo e a Eucaristia; transformando a relação extraconjugal numa resposta a esta estrutura proposta para a uma união conjugal sólida, através do compromisso espiritual.
A negação da nossa latinidade resulta então naquilo que representaria em desestímulo da expressão corporal, obviamente, não é lançar mão de um modo simplista e caricato do erótico, mas aquilo que complementa, não necessariamente através da dança artística, mas sim, a esplendorosa dança do amor romântico, que envolve tantas coisas de que os homens tem se esquecido, a gentileza, o cortejo, a fineza, a admiração, elementos que a mulher tanto espera e que faria a união conjugal se tornar nutrida e renovada com o passar das décadas.
Quem sabe, com tantas mudanças na sociedade, de alguma forma, não que voltemos a uma forma antiga mas a um modo aperfeiçoado de lidar com o erótico, algo que faria diluir muitas muitas formas de neurose; como seria bom que a educação sexual e a dignidade nas relações humanas fossem transmitidas à criança, tão suficientemente, pelos seus pais, exemplos de afeto que essa criança veria em todo tempo, na cordialidade, no romantismo e na afeição. Espero que ainda tenhamos tempo para ver isto. Abraços a todos!
Se procurarmos, no Brasil temos a dança de par, que varia em alguns elementos em várias regiões do nosso país, mas em comum tem o elemento latinidade, que é uma forte sensualidade e molejo, herança que recebemos a vinda dos portugueses e dos negros para nossa terra; danças como a de Salão e o Forró, poderiam ser exemplificadas como as danças de par essencialmente brasileiras, mas por conta da nossa influência católica romana, estas danças são consideradas promiscuas por estarem num contexto social voltado para o lado boêmio e portuário; a religiosidade do brasileiro transforma então o erótico, que nada tem necessariamente a ver com o pornográfico, em uma forma de subverter a religiosidade transformando o eros em segredo, para se proteger do que é considerado um dos sacramentos, comparado ao batismo e a Eucaristia; transformando a relação extraconjugal numa resposta a esta estrutura proposta para a uma união conjugal sólida, através do compromisso espiritual.
A negação da nossa latinidade resulta então naquilo que representaria em desestímulo da expressão corporal, obviamente, não é lançar mão de um modo simplista e caricato do erótico, mas aquilo que complementa, não necessariamente através da dança artística, mas sim, a esplendorosa dança do amor romântico, que envolve tantas coisas de que os homens tem se esquecido, a gentileza, o cortejo, a fineza, a admiração, elementos que a mulher tanto espera e que faria a união conjugal se tornar nutrida e renovada com o passar das décadas.
Quem sabe, com tantas mudanças na sociedade, de alguma forma, não que voltemos a uma forma antiga mas a um modo aperfeiçoado de lidar com o erótico, algo que faria diluir muitas muitas formas de neurose; como seria bom que a educação sexual e a dignidade nas relações humanas fossem transmitidas à criança, tão suficientemente, pelos seus pais, exemplos de afeto que essa criança veria em todo tempo, na cordialidade, no romantismo e na afeição. Espero que ainda tenhamos tempo para ver isto. Abraços a todos!
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Analogias da razão imitando a vida - Parte 2
Bifurcação em Y
Em tantas ocasiões acabamos nos lembrando da arte poética de Cecília Meireles, "ou isso ou aquilo"; quando ficamos diante de um dilema, diante de dois caminhos com angulos tão parecidos mas em sentidos opostos, a angústia frente a necessidade de acertar e ao mesmo tempo encontrar o que cada coração está buscando. Somos muitas vezes por força das circunstâncias, tendo que escolher por conta e risco uma saída para o desconforto em busca de alguma solução, desde uma coisa banal, casual, ou mesmo uma escolha importante e arriscada. Uma vez escolhido o caminho, sempre nos sentiremos tranquilos se usarmos nosso bom senso e a racionalidade, um mapa é uma boa ilustração da nossa vida, pois depende do fator tempo para irmos de um lugar ao outro, quando estamos orientados, sabemos os riscos mas temos uma direção clara a seguir, pagamos o preço das adversidades, se acertarmos, o mérito terá sido nosso pela conquista daquele espaço, por ter tomado o melhor caminho, mas também ganhamos quando lidamos bem com nossos erros, quando deixamos à parte o bom senso e a razão, em nome de algo que vislumbramos mas que, quase sempre em tempo hábil, temos a grande oportunidade de recebermos um aprendizado, reconsiderar sua primeira escolha e corrigir o rumo, escolhendo a curva oposta. Se todos nós soubermos lidar com nossos equívocos com bom humor, sem o peso e a autocensura que se produz em nós, pela forma como tantos de nós fomos educados, quando se era premiado quem acertasse e punido quem errasse; ainda é tempo de nos desvencilharmos destas armadilhas que muitas vezes nos fazem frear e não escolher caminho algum. Abraços deste amigo de vocês!
domingo, 27 de julho de 2014
Analogias da razão imitando a vida.
Parte 1: Confluência
No início de tudo era a necessidade da harmonia e da ordem, não tínhamos nenhum automóvel, tão somente veículos de tração animal ou montarias a cavalo, de forma que o esquivar-se de um pedestre ou entre os veículos era razoavelmente fácil, mas hoje a obediência a esta regra de trânsito tornou-se fator de preservação da vida. será que na relação entre as pessoas também não podemos fazer um paralelo? Não vou aqui falar tão somente de relações conjugais ou de um namoro, mas de qualquer relacionamento seja social ou que resulte numa identificação que se configure o que chamamos de amizade. Então, é sempre saudável que eu considere o outro sempre numa via preferencial, alguém que está num rumo definido em busca de coisas bem distintas das que eu busco, coisas que nem mesmo a idade semelhante, religião semelhante, ideologia semelhante ou até mesmo do mesmo time de futebol, não significa que aquela pessoa está disponível para mim, por isso todo cuidado é pouco para se entrar nesta avenida movimentada que é a vida do outro; entrar forçado pode dar um tremendo problema, não se esquecendo que na ordem natural das coisas até a corrente sanguínea no nosso corpo não nos causa problemas arteriais, mas justamente aquilo que colocamos nas artérias é que são as causas de infartos e outros problemas que mexem com todo o ser humano. Então, ao fazer uma confluência, faça com humildade e gentileza, pois assim, pode ser que seja o início de um relacionamento saudável e duradouro.
terça-feira, 22 de julho de 2014
medo, este amigo fiel!
Vemos hoje, frente às transformações na sociedade, a necessidade de uma crítica ou reflexão quando nos deparamos com algum novo pensamento, uma nova filosofia de vida; já é corrente a idéia de se repensar algum novo conceito, não propriamente aceitar sem restrição, mas ao menos compreender que é uma forma de ver o mundo, a vida e aquele novo pensamento, a isto se chama, relativismo, termo considerado por muitos como a ausência do absoluto, mas enfim, as diferenças de pensamento estão aí à nossa volta e precisamos ao menos respeitar quem seja diferente de nós, porém, além disso, existe um caminho que torna viável a comunhão de idéias, é a de ver a diferença com um olhar novo, de um novo ângulo.
Medo - coloquei este título aí propositalmente, soa paradoxal e sarcástico, sendo que, justamente por via deste novo olhar que citei acima, é que vamos enfim, lidando com sentimentos e convicções antigas e entranhadas em nossa cultura e educação. Quem pode afirmar que o medo seja nosso amigo? Basta entendermos que diferente do instinto de sobrevivência dos animais, nós temos o medo como uma reação consciente que nos proteje e nos coloca limites. Enquanto o discurso do mercado de capital apregoa a invasão de limites, isso não encontra bons resultados quando se trata de ser humano. Assim como a coragem não é a ausência de medo, cabe a nós verificarmos em nossa forma de viver até que ponto não estamos nos expondo emocionalmente em troca, quem sabe de máximas como " se juntar aos bons", custe o que custar, até mesmo sua dignidade. Por aí vemos o quanto o medo e os limites são os nossos mais leais e fiéis amigos. Um grande abraço pra você!
veja também o embasamento científico:
embasamento científico:
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49333/uma-abordagem-psicologica-sobre-o-medo
http://radarciencia.org/medo/
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/49333/uma-abordagem-psicologica-sobre-o-medo
http://radarciencia.org/medo/
domingo, 15 de junho de 2014
Derrubando equívocos sobre auto-estima Parte 3
Este pensamento parte justa e especialmente do preconceito e com a associação que se faz da auto-estima à passagem de uma imagem vencedora ao gosto dos ganhos de capital, como se imprime nos comerciais de TV, já não é de hoje. É necessário que se compreenda que a auto-estima não depende de julgamento alheio, não pode ser comparativo pois é algo altamente singular, que é percebido primeiramente por aquele que a usufrui, ou seja, não depende de um motivador, não é algo circunstancial; pode-se ter momentos agradáveis que até promovam a auto-estima mas é dentro de cada indivíduo que este gostar de si mesmo se estabelece independente do momento, pois está diretamente relacionado ao que este indivíduo pensa de si mesmo.
Uma pessoa reservada não representa meramente alguém que se resguarda; é necessário que se entenda que existe de fato a timidez relacionada a uma dificuldade de expor os seus sentimentos em público, como por exemplo dificuldade de falar em público; há também o que é visto como timidez algo que faz parte da índole do indivíduo, que indica o seu direito de se preservar, ser cauteloso nas suas ações, isto é algo salutar para a o cuidado de si mesmo. Uma pessoa com poucas palavras mas que demonstra coerência quando expõe suas opiniões, alguém que não depende de grupos de estudo associado a outras atividades sociais, é também uma característica normal em pessoas que se reservam e nem por isso são arrogantes e com dificuldades de se comunicar. Quando surgem situações em que é necessário um certo isolamento para se concentrar nos estudos, abrindo mão de algumas atividades de lazer, isso demonstra disciplina e determinação, assim como fazem os atletas, que precisam treinar exaustivamente, às custas de deixar de lado um passeio com amigos ou mesmo um tempo para namorar; em suma: pessoas que buscam a disciplina, a organização da vida e de sua carreira só podem enfrentar estes desafios se tiverem uma ótima imagem de si mesmo, o que apenas interessa a cada um.
O objetivo deste tema é na verdade, podermos compartilhar com nossos amigos na rede, assim de forma bem informal e direta, como compreendermos melhor o comportamento humano e assim possamos encontrar no meio de tantas pessoas, aquelas que vão nos inspirar e nos ensinar a ter um verdadeiro amor por nós mesmos.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Derrubando alguns equívocos sobre autoestima- parte 2
Segundo equívoco: todas as pessoas que
buscam sucesso tem autoestima.
Existe um conhecido
provérbio do rei Salomão, que diz: Lança teu pão sobre as águas
e depois de muitos dias os acharás (Eclesiástico). Não há uma só
teoria sobre o significado deste pensamento, mas é o que de fato os
grandes investidores procuram no meio de uma população de
candidatos ávidos a uma vaga no mercado de trabalho que o(a) tornará
mais um caso de sucesso.
Na verdade, não se pode
implantar a autoestima; uma equipe de trabalho pode passar por uma
bateria de desafios mercadológicos mas somente vão superar as
dificuldades quem acredita na sua capacidade como pessoa, não
meramente como um candidato a um emprego, então a empresa na verdade
faz uma garimpagem para encontrar estas pepitas preciosas, pessoas
que acreditam na sua força e amarão o que fazem simplesmente porque
sabem amar, sabem preservar a sensibilidade, mantém o respeito aos
seus iguais e ainda que não obtenham a vaga em razão da filosofia
da empresa, são maduros o suficiente para reconhecerem a excelente
oportunidade que tiveram de superar obstáculos, tornando-os
inclusive para maiores desafios que aquele.
Em suma, os que se
envolvem com aqueles conhecidos jargões corporativos, adquirem uma
mise in scene empresarial ou que são apenas ambiciosos com o recheado
salário almejado e anunciado, não necessariamente ferramentados com
as graças da autoestima, desordenam suas prioridades em nome da
proposta selvagem do mercado, por um tempo podem produzir mas a
desordem existencial pode por todo castelo de sonhos por terra, por
não ter tido cuidado de si mesmo, de formas que, ao se envolver em
qualquer projeto que envolva esforço, garra, faça-o pois tudo na
vida tem o seu preço, inclusive o preço de uma excelente qualidade
de vida, uma pessoa realizada dentro do que ele ama fazer por
desfrutar de uma boa autoestima.
domingo, 1 de junho de 2014
Derrubando equívocos sobre autoestima
Quem não já ouviu
frases prontas como o “estar de bem com a vida”, ou “ser uma
pessoa de sucesso” ou mesmo “fulano é uma pessoa tão alegre!”
Não há dúvidas que a autoestima está visceralmente ligada à
busca de realização pessoal, sendo que muitas pessoas podem se
sentir quase inferiorizadas pela crença de que nunca alcançarão
este tão almejado estado psicológico; é porque provavelmente
associam autoestima a formas e manifestações que eles parecem não
alcançar, se não vejamos algumas variantes que podem sem
considerados uma boa condição de autoestima mas que, em termos
finais, não seja adequado denominar-se como tal. Vamos aqui
relacionar em princípio os três mais comuns equívocos:
a)toda pessoa
extrovertida tem autoestima.
b)todas as pessoas que
buscam sucesso tem autoestima.
c)pessoas reservadas e
focadas em suas atividades não conhecem a autoestima.
Neste bloco vamos ao
primeiro ponto que parece ser o caso mais comum. Uma pessoa com
autoestima tem entre outras características a iniciativa de
compartilhamento daquilo que para si é relevante, salutar,
descontraído e em especial, participativo, cooperador, promotor de
relações. Contudo, uma pessoa que no seu conteúdo é verborrágico,
monótono na sua expressão facial/corporal, algumas vezes se expõe
com muita proximidade física e agitação visível, não tem nestes
elementos algo que revele atitude ou presença de autoestima. Nos
estudos em Psicopatologia, observa-se que muitos destes elementos
citados acima podem estar associados ao que caracterizam Transtorno
bipolar em sua fase maníaca, ou seja, uma manifestação de
descontração que não tem um motivo definido e que não produz um
desenvolvimento pessoal como é produzido pelas vias saudáveis.
Outro razão pela qual a extroversão pode não ser reflexo de uma
pessoa com boa autoestima é a necessidade de visibilidade que na
verdade todos nós temos legitimamente, porém nesse caso esta super
visibilidade vem da necessidade de aceitação e autoafirmação,
razão pela qual não podemos associar essa forma de extroversão ao
que entendemos ser alguém que goste muito de si mesmo.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
O incômodo silêncio no elevador
Aviso no display, abre-se a
porta da esperança; desencanto, frustração se apresentam diante de mim; alguém
está ocupando meu precioso lugar no elevador e ainda lhe devo dar um bom dia.
Tudo iria tão bem, não lembraria
minha dor nem minha burra escolha, não fosse aquela sonora e acalorada voz na
saída do elevador:
_Tenha um Bom dia, senhor!
Há algo errado, preciso saber o que
está acontecendo comigo; por que me nego a ser respeitado e ser amado? Aquela
voz não sai da minha mente, dentro de mim invade um tipo de inveja e aquela
sensação de estar sendo abraçado, aquela voz que chegou a mim com tanta graça e
oportunidade. Quem é esse cara? Preciso conhecê-lo!
segunda-feira, 7 de abril de 2014
uma rara amizade
Sabe, gente, estou a partir desse tema, a escrever sem pieguice ou nostalgia; quando se fala em rara amizade, parece que evocamos um tempo em que "as pessoas eram mais humanas" como se hoje fossemos menos humanos, os que são próximos à minha idade sabem do que eu estou falando.
A grande discussão hoje, sem dúvida é sobre as relações que se coisificaram, a era do descartável, do mínimo esforço, que lança sobre os seres humanos a responsabilidade de todos os desastres institucionais, de tudo que tem caracterizado as últimas décadas, um declínio existencial, espiritual e claro, um afastamento ou isolamento dos indivíduos, alegando autoproteção, desconfiança ou insegurança generalizada.
Entretanto, raras amizades existem, são aquelas que são completamente inesperadas, realmente imprevisíveis de acontecer, na verdade nem se acha uma explicação racional para que esta amizade se sustente, amigos que nem podem se ver, não participam mutualmente da vida social, exceto em raros encontros, e quando se encontram , a sensação clara é que aquela será a ultima vez que se verão, há sempre uma celebração do encontro entre eles, uma troca de afeto, uma confiança mútua e um respeito ao outro algo tão almejado e cultivados pelas relações normais de amizade, ou seja, aquelas em que tem em comum sua rotina e seu universo de idéias e projetos.
Não foi difícil concluir que, na verdade, precisamos tanto uns dos outros que, acalentamos um sentimento de uma total entrega de alma, mesmo que consciente de que não se pode ter expectativas de que seu afeto seja sempre reconhecido como nas relações vistas como naturais, algo que eu chamaria de atenção incondicional, uma expressão que fariam muitos torcerem o nariz expressando incredulidade, afinal, é corrente que tudo precisa ser barganhado, implora-se amor, implora-se respeito, quanto sofrimento envolve amar quantas vezes; mas quando amar é simplesmente doação, é com certeza uma rara amizade, que pode haver em qualquer parte do mundo e em qualquer distância, pois o que inspira esta amizade é o único fato de que este outro veio a existir.
Logicamente eu não teria inspiração suficiente sem experimentar esta amizade rara, mas tenham certeza, o mundo tem mudado mas nós também vamos mudando, encontrando novas saídas para poder lidar com as transformações que nos vem a cada dia; não esqueçamos que somos a única espécie vida na terra que ama. Sim, no século XXI ainda se ama!
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Psicologia e fé.
Tenho sempre como marca constante no meu blog que
não tenho à priori, apresentar um blog acadêmico ou preso a alguma abordagem
psicológica, mas sempre procurar dar uma linguagem simples e objetiva naquilo
que desejo expressar e compartilhar. Antes de René Descartes com seu conhecido
pensamento “cogito ergo sum” (penso, logo existo), foi o que começou a tratar da relação mente-corpo.
Até antes dele, a fé, em especial a fé
cristã, era exercida pelos seus fiéis, em caráter religioso, atribuindo aos
mensageiros e representantes de Deus para dar definições a tudo no universo,
sem que houvesse ainda naquela época um conhecimento que pudesse por à prova
tudo que pudesse fazer parte de um conjunto de crenças, conhecimento que
denominamos hoje conhecimento científico. Até a primeira metade do século XIX,
a Psicologia ainda tinha por seus arautos, como John Loke, o que comparava
nossa existência a uma tabula rasa em que escrevíamos nossa própria história. Nota-se
então que as questões da fé eram ainda muito associados a confirmações
psicológicas ou emocionais como entendemos hoje, inclusive, ainda muitas religiões
no mundo tem sua fé associada aos sentimentos, à cultura de uma região do
globo, até mesmo por razões políticas a fé religiosa se estabeleceu, como no
caso do Imperador romano Constantino que, segundo alguns autores teria se
convertido ao Cristianismo e outros achem isso controverso devido ao interesse
do mesmo pela unificação do seu império frente ao avanço desta religião.
O mais
impressionante neste processo, de se pensar e definir-se razão e emoção, é
possível que este antigo conceito de fé hoje dê lugar a uma fé sobrenatural, ou seja, sem
necessariamente ser confirmada pelas emoções ou pelo sentimentalismo, mas uma
confiança serena de um ser superior que está além de um universo físico, uma
intervenção divina que não vê em nada o caos ou a desordem, ou seja, acima do
que estabelecemos como desígnio divino mas que na verdade, depende de elementos
do sistema religioso para se sustentarem, uma fé íntima, intransferível e singular, desatrelada de todo sistema religioso, como retifica convictamente o Apóstolo Paulo em suas cartas, componentes da Bíblia Sagrada.
Por esta razão é importante que haja
uma compreensão da fé em cada ser humano, cada um com seus símbolos e suas
referências, mesmo que sujeitos a dogmas e preceitos religiosos, possam ter, de forma espontânea, a felicidade de reconhecer a razão pela qual veio ao mundo e consequentemente
que caminho deve seguir, e desta forma ser aceito e reconhecido a legitimidade
da sua fé, tal como se interpreta na
teologia cristã, a obra do Espírito santo que é totalmente individual e que faz
com que cada indivíduo veja além dos sistemas que governam nosso
cotidiano, este Ser Superior que sempre estará acima de todos os reinos e governos, o que leva cada indivíduo a viver bem consigo mesmo e com o seu
semelhante, meu modesto olhar.
domingo, 30 de março de 2014
sábado, 22 de março de 2014
Luto, saudades e neurose
Luto, Saudade e Neurose, é interessante
a sutil correlação destes três elementos do comportamento humano.
Há na questão do luto duas condições
nas quais ele se evidencia, através de uma grande perda, em especial de um ente
querido, seguido por outras perdas bem significativas como Também o luto
patológico que não se processa naturalmente, pois este coloca seu possuidor
numa eterna dívida com o passado, coisas como intrigas, pactos familiares etc
Segundo os poetas, a saudade é uma
dor que só se mata com o reencontro e olha que clinicamente eles estão certos. Ainda que haja uma saudade “eterna”, ela por si só é consoladora, pois aquele ente querido é bem visto e sentido como
um só em toda existência, incomparável, insubstituível, a ninguém pode comparar
e isso é consolador; já a saudade que pode ser resgatada no reencontro é
acalentada e a dor da espera se mantém até que aquilo que é acalentado se torne
realidade.
A saudade como anseio de estar junto,
seria então uma saudade travestida de elementos associados à neurose, não
aquele sentimento acalentador mas sim o que inquieta, desassossega, é acumulativa
na sua ação, a suposta saudade se evidencia na negação desse desconforto. Para
Jacques Lacan, os recursos substitutivos que se desenvolvem na nossa psique tanto
podem ser legítimos e naturais no desenvolvimento humano como podem também
estes recursos ter proveniência e movimentos do ego, ou seja, negar a pulsão
natural da fuga da realidade, de forma que surge a vontade de ter novamente o
que nunca lhe pertenceu e ganha então o rótulo de saudade.
Então é possível concluir sem
presunção de fechar questão sobre isso, que, se toda saudade me trás alento, é
uma ótima saudade mas se trás inquietação, desvia dos relacionamentos saudáveis,
angustia ou entrava nas escolhas e decisões na vida, se não vincula a alguém de
forma consoladora e que promova a serenidade, deve-se suspeitar dessa saudade e
chamá-la pelos seus verdadeiros nomes, cabendo a cada um a coragem de revelar a si mesmo.
Na psicoterapia, pode-se alcançar o
re-encontro e o melhor conhecimento de si mesmo, pois estes elementos acima
citados são sutilmente semelhantes, cabendo ao trabalho do terapeuta, ensejar
ao paciente ou cliente uma grande ferramenta de ajuda para tocar a vida, sem
falsas saudades.
Carlos Alberto Machado Gomes
Psicólogo Clínico e Gerontólogo
Universidade Federal Fluminense
terça-feira, 4 de março de 2014
como um casamento pode durar?
Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.
Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.
O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.
De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?
Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?
Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.
Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.
Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.
A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?
É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.
Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO COMPROMETIMENTO E TRABALHO, É ISSO QUE SALVA CASAMENTOS E FAMÍLIAS.
Arnaldo Jabor
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.
Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.
O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.
De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?
Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?
Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.
Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.
Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.
A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?
É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.
Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO COMPROMETIMENTO E TRABALHO, É ISSO QUE SALVA CASAMENTOS E FAMÍLIAS.
Arnaldo Jabor
Arnaldo Jabor
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Quem é o seu amante?
Quem é o seu amante? (Jorge Bucay - Psicólogo)
" Muitas pessoas tem um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não tem, e as que tinham e perderam".
Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório,
para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão",
além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: "AMANTE" é aquilo que nos "apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso "AMANTE " é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura,
na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto....
Enfim, é "alguém!" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de "ir levando"!..
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão,
perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão, de que talvez possamos realizar algo amanhã*.
Por favor, não se contente com "ir levando"; seja também um amante e um protagonista... DA SUA VIDA!
Acredite:
O trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória, e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas, procure algo para amar...
A psicologia após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".
Há também as que não tem, e as que tinham e perderam".
Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório,
para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: "Depressão",
além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte: "AMANTE" é aquilo que nos "apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso "AMANTE " é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura,
na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto....
Enfim, é "alguém!" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de "ir levando"!..
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão,
perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão, de que talvez possamos realizar algo amanhã*.
Por favor, não se contente com "ir levando"; seja também um amante e um protagonista... DA SUA VIDA!
Acredite:
O trágico não é morrer, afinal a morte tem boa memória, e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas, procure algo para amar...
A psicologia após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:
"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Irmãos se reencontram após 40 anos. E agora?
Irmãos se reencontram depois
de 40 anos. E agora?
Aconteceu
esta semana como acontece em várias partes do mundo, irmãos não necessariamente
biológicos mas com uma importante história de convivência interrompida pela
vida e suas exigências. Será que isso tem alguma coisa a ver com bem-estar
psicológico? Sim e muito, pois dois pontos importantes permeiam estes encontros
especiais.
Primeiramente veja como este reencontro provoca antecipadamente uma carga de
ansiedade que, dependendo do indivíduo, pode se deparar com a concretização das
suas expectativas ou então uma frustração e insatisfação em razão de
expectativas não concretizadas, fora outros sentimentos motivados por
auto-afirmação, complexo de inferioridade e baixa auto-estima. Outro ponto que
quero frisar é o fato de que o tempo é o autor das mudanças. Ainda que o tempo
de separação não tenha sido tudo isso, quem sabe, metade disso, já é um tempo
significativo, até mesmo para demarcar a adolescência, o ritual de passagem e efetivamente a vida adulta. A nostalgia que
se instala através de uma música antiga, uma obra de arte, até uma antiga
amizade, através da recordação do que faziam entre a escola e a família mas
essa nostalgia tem uma volatilidade, talvez a beleza seja essa, a de ser
volátil, não se sustenta por muito tempo pois a realidade está nos nossos
sentidos e nos informa que os tempos mudaram e também as pessoas e, claro nós também
mudamos. Isso requer de nós um reconhecimento de que neste reencontro, veremos
a mesma pessoa mas não o mesmo ser, portanto, não pode ser vista como alguém
que saiu de uma câmara de gelo, a exemplo do personagem do Mel Gibson protagonista
do filme Forever Young, este que aliás, ganhou sua idade real no fim da
história.
Chama-se
Alteridade a capacidade que um indivíduo tem de reconhecer o outro na sua
totalidade e na sua plenitude. A carência dessa conduta nos faz perder uma
preciosa oportunidade de evoluirmos em nossos relacionamentos humanos, cabendo
uma análise critica para uma série de desconstruções necessárias, em especial,
a de se sentir o rei supremo sobre os que o cercam, sabemos que estamos num
grande barco onde todos remam e o respeito ao outro como pessoa é uma excelente
virtude para o indivíduo do Século XXI.
Há
que se reconhecer e respeitar a evolução de cada indivíduo, justamente por não
sabermos que mudanças aconteceram e cometermos o erro de criar estereótipos,
julgar e confiar num antigo olhar, pois nada é para sempre e quer saber, isso é
ótimo. Se eu encontro alguém depois de 40 anos, cabe a mim celebrar a vida s os
anos passados de aprendizado e, modestamente, procurar conhecer aquela nova
pessoa, que é a mesma, porém, muito, muito melhor agora, mais amadurecida,
vivida e calejada de várias batalhas; preste atenção pois você hoje pode estar
diante de uma pessoa fabulosa, uma amizade que vale a pena ser vivida e
celebrada.
Um
fraterno abraço a todos
Carlos Alberto Machado Gomes
Psicólogo Clínico e Gerontólogo
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Jardim fechado (Parte 1)
Jardim Fechado
Vou cuidar de mim, do meu interior, hoje em
meu jardim só entra o meu amor
Quero meu silencio com perfume e cor,e o maior
ruído ser de de um beija-flor.
Écos do passado, bosque abandonado, hoje um
belo ramo floresceu
Quero preservar o meu jardim fechado e cuidar
do que é somente meu.
Não negar as perdas nem desilusões, nem por
isso quero me negar,
Preservar também s outros corações que tem o
direito de amar
Vou me respeitar, Vou me perdoar, vou me encontrar, eu vou me amar!
Vou cuidar de mim, do meu interior,
Hoje em meu jardim só entra o meu amor!
Quem souber cuidar do jardim que não é seu,
jardim fechado (Parte 2)
Estou
aqui de volta
Minha
alma solta este ar
que estava preso em mim,
que estava preso em mim,
Meu
mundo escondido
Que
pra mim tem sido tudo
que me faz cantar assim!
que me faz cantar assim!
Bosque meio
deslocado mas é meu,
bosque tomado de mato mas é meu,
bosque tomado de mato mas é meu,
Tiro
os espinhos, deixo florescer,
deixo o sol entrar e deixo chover
deixo o sol entrar e deixo chover
Mas
eu vou embora
Fecho
bem a porta,
lá na vida eu quero encontrar
lá na vida eu quero encontrar
E os outros bosques
Eu quero preservar
Aprendi
que isto é amar!
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
A Voz de um Invisível, ( ou: Recorde Bumba!)
Eu vivia bem, de acordo com minhas posses, até que um dia, uma devastação levou minha casa. Lá viviam pessoas que faziam parte da minha vida, mas de repente não sei onde estão; muito me dói contar tudo isso mas preciso.
Hoje estou abrigado num lugar frio, sem o meu cheiro, nunca imaginei que passaria por isso, enfim, estou aqui diante de você. Sei que pela rádio e pela TV você soube do que houve, do que a imensa chuva causou na nosssa cidade. Você se apiedou de mim e me trouxe alguns donativos, coisa de primeira necessidade; você trouxe um pouco de música para os filhos que ainda tenho não sofram tanto, no que sou muito agradecido.
Mesmo assim, eu sei que você daqui a pouco vai embora, tocar a vida com todas as facilidades que Deus te deu, e o que me sobra é que ainda estou sem o meu ninho enquanto quem poderia me ajudar se enche de justificativas; não estou com aquelas pessoas que antes eram meus amigos de sinuca, futebol e conversa fora, eles também estão como eu, mais do que sem-teto, sem-justiça-social. Com certeza meu emprego está perdido pois só tenho cabeça agora para minha mulher e os filhos que ainda tenho; precisa de comida, água, roupa limpa e um lugar para um ser humano dormir.
Por favor, não quero te trazer culpa, não há culpados realmente; você fez o melhor que você pôde, quanto a mim vou reconstruir minha vida, não acredito em maldições nem quero me fazer de vítima; talvez não tenha tanto quanto você mas sei que eu posso escrever uma nova história, que talvez ninguém venha a saber, contanto que tão somente eu saiba que, por respirar, me mover e pensar, posso virar esta página da minha vida, pois sei que posso fazer isto, de esperto que sou, usarei das minhas reservas de dignidade, que não joguei fora nos bons tempos.
Não ! você não viu ainda ninguém igual a mim!
Vá com Deus!
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
voltar no tempo...
Há que se pensar um pouco sobre
alguma confusão que se faz entre definição e conceito sobre este elemento
plenamente entremeado à nossa realidade: tempo. Ora, definimos tempo como a sua
contagem, sejam por eras, milênios, séculos, anos... dias, horas, minutos,
segundos, aliás, sistema criado por nós mesmos, a partir do dia que intuímos a
possibilidade de que cada dia precisaria ser contado, uma vez que o tempo
determina tantas coisas para nós desde que nos damos por gente, hora de
almoçar, hora de dormir, tempo de férias, tempos de estudos, tempos de calor,
etc. O conceito de tempo nos remete à um histórico que começa pela melhor que
conhecemos, cada um de nós pela nossa própria vida, com passado, presente, futuro,
recheados por saudades e aspirações, pois o presente agora é presente e nada
mais cabe senão o presente. Para o filósofo e padre Agostinho de Hipona, tempo é
conceituado por ele como algo proveniente da mente humana, pois o tempo não se
guarda em nenhum outro lugar, é apenas registrado por documentos e fotos, jamais
são retidos em algum cofre, o presente do passado é a lembrança e o presente do
futuro é o que aspiramos, tudo é intutivo e elaborado nessa nossa máquina de
pensar. Seriados de ficção como os da série The Time Tunnel, mostra a
assombrosa saga de dois cientistas que
teriam se perdido num labirinto de épocas passadas e futuras, mas em
todas as histórias deste seriado uma única conclusão aqueles exploradores
chegaram: que jamais se poderiam mudar a história, não de poderia evitar a
morte de Cristo nem a segunda Guerra mundial ou a Tomada das Bastilha, e até
mesmo nas viagens futuras, com a criatividade de Irwin Allen, o iniciador do
cinema catástrofe em hollyood, ele sugeria a herança humana deixada para o
futuro com uma boa dose de ironia. Enfim, o que seria voltarmos no tempo? A
melhor resposta seria uma frase em
latim: Carpe Dien, que quer dizer, aproveite o tempo de hoje, aproprie-se do
hoje! O que complica é que hoje, muitos associam o resgate do tempo a um
resgate apenas do que é prazeroso, devido ao discurso edonista, tudo “para
ontem” e melhor do que seria “hoje”. Como não temos como administrar o que é
passado e o futuro, devemos hoje viver para alcançar o melhor bem- estar
possível, quando postergamos ou deixamos para trás o que deveríamos ter feito,
teremos aquela conhecida frustração por
não ter sido melhor; então, alegre-se por pertencer ao presente, seja grato(a)
ao passado, não vá com tanta pressa ao futuro, pois se tudo lá na frente for
diferente, o teu relógio existencial estará sempre atualizado ao presente. Carpe Dien! Aproveite bem o dia de hoje!
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
O passageiro
Queria ser mais grato mas não posso,
eu só existo com o ar que eu respíro.
e como dança turca, busco em giro,
saber que nada é meu mas tudo é nosso,
até que a minha mente se dê conta,
de toda história que a vida me apronta,
a minha alma arrebatada e tonta
vai mergulhando nesta corredeira
ao bom perfume do capim cidreira,
e somente Deus, quem sabe queira
curtir meus versos pela vida inteira,
que meu poema leve a noite inteira
até que um dia eu possa agradecer
com toda energia do meu ser,
por hora só meu sentimento endosso,
queria ser mais grato mas não posso!
no fundo mesmo bom é ser finito.
mesmo um sussurro ou um forte grito
vai me fazer lembrar quem sou agora
feliz o dia em que eu for embora.
quem me procura está bem lá fora;
deste concreto, frágil proteção
eu sei que tudo é um grande mistério
mas assim é meu novo coração.
Carlos Alberto Machado Gomes
Assinar:
Postagens (Atom)