quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fim, palavra indigesta!


          Como pode uma palavra tão pequena ser tão indesejável! Em alguns poucos casos ela é a palavra que buscamos quando fazemos referência aquilo que nos desconforta, tais como, o fim de um dia de trabalho, o fim do rush, ou qualquer coisa entediante. Fim é o extremo oposto do início de tudo, vemos nos antigos escritos do Eclesiástico de Salomão até o momento final do Sr Smith em Matrix Revolutions quando chega à mesma conclusão, caindo como um tolo na profecia do Oráculo; tanto Salomão quanto Smith desnudam a realidade, esta que a todo custo é colocada como um segredo de Estado, ou mais do que isso, como um segredo cósmico, um assunto tabu, ou algo que devemos desprezar, ignorar, através da nossa ração de cada dia, os insumos e os placebos que nos atacam a partir do nosso despertador, que tem um som característico do produto que usamos.
          Nosso desafio de cada dia é que, a título de uma atividade dinâmica, nos imaginemos fora do nosso corpo, nos vendo a poucos metros, lá sentando em algum sofá ou de pé junto à porta, nos olhando por alguns segundos, já será o bastante para percebermos o que temos nos tornado, apáticos, mentalmente sonolentos para reflexão, ao mesmo tempo, com dois, três ou mais assuntos disputando vaga em nossas prioridades, com nenhum momento especial para se debruçar sobre o elemento primordial da nossa existência, o tempo. 
          Você leu até aqui! um ato de coragem!
           Será que temos usado bem o nosso calendário? Obviamente não necessitamos ter o calendário do ano em que nascemos, salvo por mera curiosidade,  mas ao destacar aquelas folhas e a marcar os dias que se seguem, estamos preso ao imediato. Sugiro a vocês que pensem nos próximos 10, 15, 20, 30 anos; localize sua idade nestes anos, faça um modesto croqui do que voce imagina ou espera desfrutar neste futuro não tão próximo, sim, pois em razão dos apelos ao consumo e ao mecanicismo institucional, você ache este tempo muito distante, é exatamente o que os grandes poderes querem, não vou me prender a isto agora, mas convido a você que se veja daqui a alguns anos, tenha metas relevantes e que no futuro não te tragam frustrações na vida pessoal, psicológica, profissional e até mesmo espiritual; só um pouco de paciência, tenha projetos para daqui a cinco, dez anos, veja-se uma pessoa bem sucedida mas para isso, tem que ser um sujeito da resistência, deve usar de ousadia e uma pitada de sonho para se ver no futuro com o melhor fim que você deseja.