quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Escolhas, Escolhas...





Vocês sabem que minha praia é conhecer e compreender o comportamento humano, por isso não reparem se eu for hoje um tanto filosófico, uma ousadia da minha parte, apesar de que, quando falamos de realidade e ilusão, foi daí que, partindo de Aristóteles, Platão, passando por Descartes, passamos a tratar estes elementos como inerentes aos seres humanos que nos tornamos

Então, vou ao ponto: Qual seria, no fundo o maior desejo de todos nós, no decorrer da nossa vida? Eu me arrisco a dizer: Fazer escolhas sem o menor risco de perdas, no caso de me equivocar e um paraíso de bênçãos por conta de escolhas acertadas. ( Alíás, a pergunta que nunca vai se calar: o que seriam escolhas certas e erradas?)

Como seria genial, poder sempre ter atalhos de volta à estrada sem perder um só minuto, sem quebra-molas, sem pneus furados ou um assalto por ter entrado justamente naquela rua... Com seria fantástico eu poder escolher levianamente ir numa direção e sair incólume, apenas dando uma meia volta, sem perder o tempo, ainda mais empolgante, sem o risco de ferir pessoas e de ferir a si mesmo.

Pergunto: Como um atleta numa maratona compensará o tempo em que amarrará seu tênis, quando ele não tem dois marcadores mas apenas um marcador de tempo para chegar ao final de sua corrida?

Sim! Escolher sem esperar consequências é como sair para uma realidade paralela em que o marcador permite voltar atrás, mas ao voltar para a realidade, este corredor vai se defrontar com o número de batidas do seu coração que não retrocederão, pois este sutil aparelho chamado relógio surgiu muito tempo após nos darmos como gente.

Melhor então é reconhecermos que as escolhas sempre estarão ao nosso alcance, cabendo a nós estarmos bem conscientes para pagar o preço devido ao que escolhermos, sejam coisas excelentes ou as que pensávamos ser. Se precisamos arriscar? sim, sem dúvida, se precisamos sermos persistentes? sem dúvida, metaforizando, talvez eu queira sair da estrada para conhecer uma rua nova como foi no caso de hoje, acho que acabei passando numa rua bem sinistra, se quer saber, gostei de conhecer mas não passo mais lá, sai de lá me sentindo um sortudo!

Que neste ano, se será novo, vai depender das escolhas que fizermos; que todos nós tenhamos a felicidade de reconhecer nossos devaneios, perceber nossos limites e ter a coragem  suficiente de escolher o caminho da sabedoria, do equilíbrio e da coerência, afinal, nossa maior dádiva que temos reside na nossa terna, agitada e ao mesmo tempo empolgante realidade, aquela que nos faz ver o mundo, com responsabilidade, como deve ser.  Um imenso abraço pra você!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Falar Eu Te Amo não diz tanto assim!

What I love about you (ou: Falar eu te amo nao diz tanto assim…)
Uma homenagem a minha querida amiga Anna Camilla D. Barreto!

Lendo umas paginas da revista Marie Claire americana acabei parando numa pequena enquete que feita a jovens universitários sobre o que amavam sobre a pessoa com quem foi fotografado é que cheguei aqui com esse texto.
O que eu amo em você? O que eu amo na maior parte das pessoas que eu amo? O todo é menor que as partes. A gestalt me diria o oposto, mas a minha percepção agora não vai dar ouvidos ou reflexão a essa lei da forma. Definitivamente amo pequenas coisas nos que eu amo. São coisas que as fazem maiores, as caras, atitudes, surpresas, obviedades, as coisas que eu já espero porque fulano simplesmente é assim, ainda bem!
  
Já parou pra pensar o que você ama em pelo menos 3 pessoas que você realmente destaca do planeta inteiro pra você? Podem ser defeitos, pode ser físico, pode ser espiritual, pode ser qualquer coisa, mas você já parou pra esse exercício?

Sugiro que você o faca. Acho que quando a gente chega a resposta como essa chega mais perto da gente mesmo. O que eu sou senão o que eu amo, odeio, como, sou, não sou, visto? Eu sou as coisas que eu uso, produzo e ignoro. Eu sou o que eu amo.

Não acho que auto conhecimento seja uma coisa possível, não como um todo. Ninguem se conhece e isso é o que torna nossa convivência conosco minimamente possível, sem grandes surtos…ne? Pelo menos no geral…

Amo a risada, amo o jeito inocente que me escuta mas não me entende, amo o quanto me respeita e me olha nos olhos me admirando, amo a criança que existe nela, amo o eterno querer, amo a simplicidade dos sentimentos dele. Amo quando ele tenta em vão se adaptar a esse mundo, ele simplesmente não pertence aqui, é um desajustado! Amo quando ela esta de um humor e a gente pode ser feliz fazendo qualquer coisa. Eu sou isso tudo que não habita em mim porque eu sou tudo que eu vejo em você também.

Dizer o que se ama em alguem pode dizer mais que falar ” eu te amo”.
Por ANNA BARRETO

sexta-feira, 17 de julho de 2015

nossas armaduras 4

A auto-estima não se obtém por auto-sugestão pois esta se trata de um ato consciente de algo imaginado, visualizado e por fim realizado quando se alcança a meta. Portanto, a auto-estima não se fabrica, ela é internalizada, ela reúne qualidades e limitações, ela comunga tudo que localizamos em nós, uma declaração de amor a nós mesmos, com toda nossa história, erros, acertos e mudanças, o que nos torna auto-suficientes, sem medo de ser feliz.
 — a sentir-se OK.

nossas armaduras 3

Ser humilde não é necessariamente comover-se, auto-comiserar-se ou subjugar-se, é antes de tudo ser agradecido por aprender algo novo, renovar sua admiração a que a quem o admoesta e admirar sua própria capacidade de crescer, isso revela, não a presença de armaduras para proteger fraquezas, mas uma pessoa plena e positiva.
 — a sentir-se agradecido.

nossas armaduras 2

Nem tudo é o que parece, nós privilegiamos muito a imagem enquanto temos outros sentidos preciosos. Uma pessoa que se arma com couraças, não é necessariamente aquela pessoa arrogante, os ressentimentos e a menos-valia se dão quando ela não consegue dar conta do que pensam sobre ela, sobretudo quando alguém supostamente exige dela uma pessoa que ela não se sente, uma pessoa completa.
 — a sentir-se pensativo.

nossas armaduras 1

Para muitas pessoas, três frases são igualmente desconfortáveis: eu não concordo com você, eu não preciso de você e, a responsabilidade é sua! Tire um tempo e pense por que essas frases são tão fortes; por que nos resguardamos tanto delas? Fica a dica! Todos os comentários serão preciosos!
 — a sentir-se pensativo.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Conceito de Debate - para todos os temas

O termo debate deriva do verbo debater (discutir ou disputar sobre algo) e faz menção a uma controvérsia, discussão ou contenda. Por exemplo: “Acabemos com este debate e partamos à ação!”, “Se queres iniciar algum debate comigo, tens de ter um argumento”, “O moderador deu por concluído o debate no seu momento mais tenso”.
O debate costuma ser considerado como uma técnica ou uma modalidade da comunicação oral. Os debates organizados contam com um moderador e com um público que assiste às conversas. Aqueles que debatem encarregam-se de expor os seus argumentos sobre o tema em questão.
A forma mais habitual de debate é um auditório com público presente num estúdio de televisão diante das câmaras (para que as pessoas possam assistir às ações e acompanhar as mesmas desde casa). Graças ao desenvolvimento da tecnologia, pode-se organizar debates através da Internet, seja em videoconferências, chats ou fóruns.
Para que haja um debate, tem de haver duas posições antagónicas. Caso contrário, se os participantes estivessem todos de acordo, não haveria lugar a confrontos nem a controvérsias.
Actualmente, os debates mais frequentes envolvem os políticos que se apresentam como candidatos em processo de eleições. Estas pessoas aceitam debater-se na presença da imprensa para defenderem as suas propostas e contestarem os argumentos dos seus adversários: “De acordo com as sondagens, o candidato em questão venceu o último debate”, “O jovem administrador decidiu não participar no debate por discordar com as condições”, “O debate entre os candidatos presidenciais bateu os recordes em termos de audiências”.



Leia mais: Conceito de debate - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/debate#ixzz3e5lD39PN

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Fim, palavra indigesta!


          Como pode uma palavra tão pequena ser tão indesejável! Em alguns poucos casos ela é a palavra que buscamos quando fazemos referência aquilo que nos desconforta, tais como, o fim de um dia de trabalho, o fim do rush, ou qualquer coisa entediante. Fim é o extremo oposto do início de tudo, vemos nos antigos escritos do Eclesiástico de Salomão até o momento final do Sr Smith em Matrix Revolutions quando chega à mesma conclusão, caindo como um tolo na profecia do Oráculo; tanto Salomão quanto Smith desnudam a realidade, esta que a todo custo é colocada como um segredo de Estado, ou mais do que isso, como um segredo cósmico, um assunto tabu, ou algo que devemos desprezar, ignorar, através da nossa ração de cada dia, os insumos e os placebos que nos atacam a partir do nosso despertador, que tem um som característico do produto que usamos.
          Nosso desafio de cada dia é que, a título de uma atividade dinâmica, nos imaginemos fora do nosso corpo, nos vendo a poucos metros, lá sentando em algum sofá ou de pé junto à porta, nos olhando por alguns segundos, já será o bastante para percebermos o que temos nos tornado, apáticos, mentalmente sonolentos para reflexão, ao mesmo tempo, com dois, três ou mais assuntos disputando vaga em nossas prioridades, com nenhum momento especial para se debruçar sobre o elemento primordial da nossa existência, o tempo. 
          Você leu até aqui! um ato de coragem!
           Será que temos usado bem o nosso calendário? Obviamente não necessitamos ter o calendário do ano em que nascemos, salvo por mera curiosidade,  mas ao destacar aquelas folhas e a marcar os dias que se seguem, estamos preso ao imediato. Sugiro a vocês que pensem nos próximos 10, 15, 20, 30 anos; localize sua idade nestes anos, faça um modesto croqui do que voce imagina ou espera desfrutar neste futuro não tão próximo, sim, pois em razão dos apelos ao consumo e ao mecanicismo institucional, você ache este tempo muito distante, é exatamente o que os grandes poderes querem, não vou me prender a isto agora, mas convido a você que se veja daqui a alguns anos, tenha metas relevantes e que no futuro não te tragam frustrações na vida pessoal, psicológica, profissional e até mesmo espiritual; só um pouco de paciência, tenha projetos para daqui a cinco, dez anos, veja-se uma pessoa bem sucedida mas para isso, tem que ser um sujeito da resistência, deve usar de ousadia e uma pitada de sonho para se ver no futuro com o melhor fim que você deseja.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Despedida virtuosa




Aprendendo com as rêmoras? Estou há um bom tempo tentando compartilhar algo com você, mas antes, como ilustração, quero te contar algo sobre as intrépidas rêmoras. Pois bem, pontuei 3 características deste curioso comensalista. A – ele alimenta-se das sobras do seu hospedeiro, ou seja, não lhe causa nenhum dano. B – ele tem no seu dorso uma membrana aderente que só o fará se desgrudar de esta rêmora resolver nadar mais rápido que o seu hospedeiro. C – a rêmora pode ganhar tamanho e peso que não mais se sustenta grudada ao seu hospedeiro, em certo oceanário, uma bióloga ajuda uma rêmora a sobreviver dando-lhe uma alimentação exclusiva, ou seja, fora das leis naturais. Acho que ate aqui, tenho elementos suficientes para minha ilustração.

Eu gostaria de compartilhar com você sobre a importância do que eu denomino despedida virtuosa.

Sei que não entendeu nada, então vamos lá: Você tem uma significativa afeição por uma pessoa, quer seja vizinho, colega, parente, aquela pessoa a qual você pensa: essa vai fazer parte da minha vida, somos como irmãos ou quem sabe algo bem distinto como um amor platônico ou mesmo ou um amor romântico resguardado, até que, de repente perdemos o chão, aquela pessoa sai da nossa rotina de alegrias, cumplicidades, tudo vira vapor, daí veio uma lembrança dos meus tempos na Marinha em que vi um cação ser pescado e me impressionou não o cação, mas a rêmora que ficou completamente desnorteada, sem um rumo definido a prosseguir; penso que, por analogia, muitos de nós quando nos vemos sem aquele amigo, não me refiro a um falecimento mas a uma perda de rumo por não esperar acontecimento tão absurdo: ele ou ela foi embora e eu não sabia como esta amizade era importante. Muitos que me leem podem se identificar com esta comparação.
Afinal, o que fazer quando alguém se vai e não houve sequer um despedida? Posso responder: das duas uma: porque não acho necessidade de formalizar um adeus ou porque seu amigo hóspede não desejava simplesmente ser um comensalista mas um parasita, pois como já disse acima, as rêmoras podem perder seus hospedeiros mas não se lamenta pois a natureza lhe deu a habilidade para sobreviver com um novo hospedeiro, para manter sua ligação comensalista, seja este novo hospedeiro, não necessariamente um amigo, mas algo que o motive a continuar vivendo. Portanto não cabe aos amigos rêmoras cobrarem que a vida lhe devolva seu primeiro hóspede, pois ele ou ela estão em outra e viverão muito bem sem essas neuróticas rêmoras; aqueles hospedeiros estão tocando a vida em outro espaço social, em outro contexto cultural, quem sabe morando em outra cidade, namorou, noivou e se casou e está muito feliz e se bobear já deve ter netos; será que esta espera por um revival surreal aconteça não está demasiado longa? Ou não é mais que na hora de nos despedirmos deles com alma livre, honesta e cristalinamente, desejando a este milhões de felicidades em sua nova vida? Para tanto, reconheça que cada um tem sua história a escrever, se necessário, reconheça que houve uma relação de dependência, ou até mesmo que tenha se apaixonado, nestas horas a humildade no seu significado mais completo tem o seu lugar, tem um poder altamente curativo, assim você estará livre para avançar na sua própria história, a esta capacidade de desencanar e abençoar é que eu chamei de despedida virtuosa. Se for difícil, uma terapia é o melhor que recomendo.


Quanto às rêmoras, a melhor característica que encontrei foi a letra B: Então, amigos, bola pra frente, sem empaques na vida, pois a vida é como o mar e o mar não engarrafa! Um imenso abraço para você!
Carlos Alberto Machado Gomes
PsicólogoClínico
Universidade Federal Fluminense

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A incomensurável grandeza da solidão ( ou: aprenda a apreciar sua estrela mais próxima!)





Tive uma boa surpresa quando quando, nas minhas vivências de observação da natureza, resolvi apreciar não o nascer do sol mas o surgir do sol, o que me deu uma percepção muito diferente. Dei menos atenção à minha verticalidade e resolvi me ver de pé, preso à terra pela força de gravidade, notando aos poucos a luz que a própria terra descortinava; o céu antes escuro e denso dava agora lugar a uma forte luz que gradativamente surgia, não numa linha do horizonte, mas o brilho que surgia à medida que a própria terra se movia e nos permitia ver, agora não mais o antigo astro-rei mas uma bela estrela fantástica bem perto de nós e que nos dá vida e calor, o que aumentou minha percepção de que sou ainda menor do que eu imaginava. Neste mesmo parágrafo, agora me volto para dentro do meu próprio organismo,  e tomar como ilustração a célula sanguínea, cuja quantidade é inestimável em todo o nosso corpo. No entanto duas células podem esbarrar-se numa artéria e jamais isto vir acontecer com estas duas unidades celulares e nem por isso deixarão de ser células sanguíneas enquanto elas existirem. O que tem, afinal o meu novo sol com as células? ambos falam de uma realidade comum a todos nós, a solidão, palavra vista tantas vezes como sensação de desamparo; já não penso desta forma mas na intrigante e incomensurável grandeza da solidão.




Sem entrar no mérito teológico e sentimental, solidão é algo inerente a todos nós enquanto in-divíduos, enquanto seres autônomos e ativos. Mesmo que sejamos dependentes no nosso desenvolvimento, na primeira possibilidade nos tornamos resultado de todos os nosso envolvimentos, interações e escolhas. Acredito que viver só não chega ser de fato um problema, pelo contrário, alguns vão ter a plena certeza do que alcançarão, mesmo com as pressões culturais , os preconceitos; ganhamos o hábito de depender do aval de alguém, para que o peso da responsabilidade seja menor, mas seja como for, a solidão deveria ser vista com mais naturalidade pois no fundo, todos nós fomos liberados do cordão umbilical para justamente caminhar, conquistar e completar a saga de cada um de nós que é a aventura de existir.  Um grande abraço a todos vocês, do Carlos

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

relaxe, é só uma rede social!

Nem me me lembro o número das vezes que já saí e entrei numa rede social; já fiz  parte de redes que até já foram extintas, logo eu sou um dinossauro por aqui. Amigos fui fazendo no decorrer dos anos, cada  um tem seu próprio estilo de rede, cada um tem sua identidade, seus objetivos, suas preferencias, não é difícil ver a diversidade de propósitos nas redes sociais, pode-se ter uma noção razoável do perfil além do que está registrado, ou seja, interesses, expectativas, humor; nesse caso, a comunicação fica sempre bem tranquila quando já se conhece pessoalmente aquela pessoa do outro lado, fica mais fácil decodificar-se o que se lê nos comentários, postagens e mensagens inbox. Parecem comuns as redes familiares, onde se incluem amigos e colegas de escola ou trabalho, embora muito se alerte e/ou , ainda não me deparei com páginas exóticas e/ou antissociais. 
Estou realizando um milagre da tecnologia ultimamente, conseguindo contactar amigos de infância que se surpreenderam por eu ainda me lembrar deles, acho isso muito especial; além dos colegas de profissão, parentes,uno esta oportunidade de lincar o passado ao presente e não sei como faria sem as redes sociais.
Contudo não se pode comparar a relação virtual mesmo familiar, com a presença, a comunicação 100% efetiva, do abraço, da linguagem não-verbal, da voz, do ambiente que é criado na comunicação completa. Portanto, se em dado momento algum amigo sair da minha rede sem dar satisfações, faz aquilo que lhe é de pleno direito, pelo qual não devo fazer perguntas, pois afinal, o que importa não é o cenário mas a essência; amizade é um relacionamento humano que envolve conhecimento mútuo e doação de afeto. Na expectativa de encontrar na relação virtual, (obviamente, dentro destes parâmetros que eu cito aqui), toda interação que temos no contato pessoal, muitas amizades são desfeitas ou mal-resolvidas mas aqui trata-se de uma rede social unicamente e nada mais se pode produzir do que um relacionamento social entre os usuários. 
Por esta razão, da parte que me toca, cada dia eu agradeço pela chance que tenho de ter acesso aos meus amigos virtuais, felizmente maior parte deles são meus amigos próximos, pessoas a quem eu prezo muito. Se estes mesmos por alguma  razão não mais estiverem na minha rede, continuarão na rede do meu coração, pois afinal, amizade considero algo da metafísica, não tem peso, não tem cor, não tem cheiro, mas quando existe, existe de verdade, então relaxem! é isso aí!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

não aguento mais o segredo da Carlota

Depois de recomendações de todos os lados, tenho feito repouso, para me recuperar de uma torção no pé; aproveito e faço pesquisas na net, vejo um bom filme, vou ler um livro e, claro, dormir. Contudo, existe um momento especial em que tudo farei para ter alguma atividade, menos estar na frente da tv; alguém pode me explicar que fenômeno é este, que inesperadamente me pego curioso para saber qual é o segredo da Carlota, bordão da novela Boggie Uggie. Podem acreditar, eu não tenho nada a dizer, só me resta sair sorrateiramente da sala para não transparecer o limite da minha paciência; "EU NÃO SEI QUAL É O SEGREDO DA CARLOTA!" dá impressão que eu vou até sonhar com isso rsrs  Claro que tudo isso é uma brincadeira mas com um fundo de verdade, pois de alguma forma este bordão acabou por ser assunto de blog, mas discretamente, sem surtar, procuro analisar este fenômeno de forma mais racional e científica, afetado? eu? que nada!! aliás tem tantas tramas esta novela que a Carlota é um mero detalhe. Resolvi que vou trabalhar isso em mim, vou examinar se tenho administrado bem meu banco de dados, se está no modo aleatório, seletivo, setorizado, para acontecer esse tipo de coisa comigo, sei que isso não acontece com você, a mídia não interfere assim na sua vida ou sua rotina, talvez por que tenho andado bem desligado, desautomatizado, enfim, nesse momento, a novela esta rolando na sala e não estou curioso com o que está acontecendo, afinal, se a Carlota está envolvida em roubo, assassinato, caso amoroso, daqui a um tempo, não saberei o que fazer com essa informação...por hora eu só quero ficar aqui, bem aqui, cuidando de informações úteis e  relevantes, quem dera se para tantos isso fosse tão instigante quanto este fatídico segredo da Carlota.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

filosofando sobre o surf



Por necessidade, estou de repouso por motivos de saúde e, por sorte, providencia, oportunismo ou não, estou eu aqui apreciando das ondas dos mares do mundo inteiro através de um canal a cabo. Embora eu tenha plena consciência de que esta não é minha praia, eu sempre me encanto com as ondas, por que será, eu um aposentado da Marinha, gostar de ondas?!
Não sei nada da linguagem do surf, nem das regras, nem do ranking dos melhores do mundo, exceto agora pelas proezas de um brasileiro de 20 anos, grande Gabriel Medina. Então o que estou a fazer aqui envolvido por aquele poderoso azul esverdeado, tanto pequenas quanto grandes ondas? Noto alguns detalhes no comportamento daqueles valentes, homens e mulheres; a disciplina dos treinamentos, a abnegação, a prioridade que dão ao que fazem e, especialmente, a forma como vibram quando conseguem uma ótima pontuação e ressurgem dos tubos como quem venceu uma batalha. Ao ver seguidamente aquelas imagens, já que não pude produzir a mesma adrenalina, mas resolvi internalizar aquelas imagens, dando sentido a cada movimento, cada investida, cada tubo, cada respiro das ondas, não só isso mas também todo o trabalho de apoio nos jetskis e, por que não, os habilidosos fotógrafos aquáticos, a equipe de logística junto à areia e sabe Deus quem mais... Prometam que não vão rir, mas em alguns momentos da minha vida senti a onda vir sobre a minha cabeça, momento de decisão extrema, muitos caldos já levei, vi os tubos se estreitarem muitas vezes, solidão, provação, fragilidade, coragem a contragosto e até mesmo abrir mão de coisas preciosas pra mim; ondas enormes experimentei, e eu que pensava ser bom estar na crista da onda... e quer saber?... não tenho nenhum troféu em minha escrivaninha, meu lugar reservado, exceto algumas preciosas medalhas que recebi na carreira militar. Contudo, eu venci grandes ondas, busquei o tempo todo ser o melhor no que fazia, fui reconhecido como um guerreiro que sabe lutar, meus amigos leais me recebem com dignidade por conhecerem muito da minha história. Estou deixando estas palavras pela primeira vez, no ano em que serei um sexagenário; sei que você que me lê deve ter se identificado com estas ondas, as nossas ondas de cada dia e a impressão que eu tenho é que novas ondas estão para vir e será emocionante, duro sim possivelmente naquele momento mas que me fará crescer, amadurecer e celebrar, quem sabe, nas próximas décadas, aquela fantástica onda que eu não perderei por nada.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Olá amigos da net!

Este sitio se propõe a tratar de forma descontraida, algumas vezes irreverente mas sempre objetivo, além de não me preocupar com o viés acadêmico, razão pela qual pus este nome que remete a uma forma light de ver a vida, o mundo e as relações entre as pessoas. São pequenos textos a disposição para comentar, criticar, pontuar, essa parte fica a seu critério. Tenha um bom passeio pelo Psicobeleza! Tenha um dia espetacular!

um beco sem saída: curto ou não curto?


Tenho uma crítica a algumas postagens nas redes sociais. Alguns dizeres que, embora supostamente autoria  de algum famoso filósofo, na maior parte das vezes a frase nem vem com sua fonte, seu autor. Não creio que isso seja de todo ruim, apenas noto em muitos destes dizeres tem uma interpretação muito pessoal, uma constatação que pode encontrar consonância nas pessoas que se sentiram traídas, desmerecidas ou humilhadas em algum momento de duas vidas, No entando, a aceitação e o compartilhamento de frases com este efeito consolador naqueles casos, apenas reflete a realidade nas relações humanas ultimamente. Minha crítica não pretende censurar, mas apenas constatar o que poderiamos chamar de "preferência nacional", isso passa por postagens que, por exemplo, procuram humilhar moralmente personagens da vida política, como uma  forma de estravasar a revolta e indignação, mas se de fato, sem saber alcançar o seu objetivo que é a crítica a figura política daquele homem ou mulher. Será que a Sra Sociedade não está precisando de um divã? Além de deleitar-se e bronzear-se, curtir também significa suportar a dor e o sofrimento; afinal, o que pode significar nossas curtidas nas redes sociais? levantei a bola, comentários, criticas e colocações são benvindas.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

conversa virtual e seus abismos, pedágios e bonanças.



Numa conversa ao vivo e pessoalmente, como você reage quando  não entende algo que o outro disse? buscamos o recurso imediato: respondemos, por favor, você pode explicar o que acabou de dizer? Naquele momento, a dificuldade pode ter sido comum, uma voz entrecortada ou alguma palavra fora de ordem, mas também existe o que é dito de forma metafórica ou indireta, o que aos nossos ouvidos pode vir como uma sátira, de forma irônica o que foi dito; logimanente, buscamos levar aquele determinado assunto adiante ou escolhemos parar por não ver mais relevância no mesmo, ainda mais porque, quando falamos pessoalmente, além da expressão verbal, temos grandes recursos das expressões: corporal, facial e interjeitiva, temos um grande número de informações que acenam para o progresso ou a desistencia naquele assunto.
Na conversa virtual, todos os cuidados são o mínimo, pois o recursos de comunicabilidade caem vertiginosamente e, confiados apenas na digitação e nos recursos visuais (e-motions), pode-se trocar mensagens, planejar algo, passar uma informação concreta e sucinta, sem perigos de interpertação. Bom... até aqui eu tratei sobre o óbvio e o recorrente sobre conversar virtuais, porém, verdade seja dita, a busca por relacionamentos virtuais, mesmo sem anonimatos, são procurados com uma intencionalidade que se antecipa muito ao ato de usar a internet, por isso existe sempre algo que se remete ao histérico, na idealização, quando a intenção é de fato, "andar pelos penhascos" de uma relação virtual, sujeito a todas a conotações e insinuações, que muito interessa aos que conversam dessa forma, ou seja, há um propósito de explorar o que passa à margem da comunicação completa, produzindo o que de fato se deseja, mexer com o narcisismo do seu interlocutor. A internet veio pra ficar; não cabe aqui o discurso moralista de proibição, pois hoje não há limites para a virtualidade e a repressão nunca fez bem; 
Existe uma enorme possibilidade de comunicação virtual saudável quando se conhece de antemão o temperamento, o carater e a personalidade de quem está a conversar; é assim que muitos familiares matam suas saudades, trabalhando em uma cidade ou país distante, ou mesmo de passagem, para trocar notícias, é assim que grandes e pequenas empresas fazem reuniões e celebram grandes negócios, com causa do grau de confiabilidade. 


Mesmo assim, precisamos estar atentos pois cada cabeça é um universo; uma palavra mal interpretada pode trazer verdadeiras hecatombes num relacionamento, mas quanto a isso, nada podemos fazer, a não ser cuidar do nosso próprio mundo e usarmos desde recurso de tal maneira que possa trazer tão somente prosperidade, bem-estar emocional e afetivo a todos nós.


Carlos Alberto Machado Gomes
Psicólogo Clínico - U F F

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Privacidade e Egoísmo



Parece tão óbvio mas quantas vezes atropelamos o óbvio. A própria história mostra que  o direito privacidade não começou com a construção do primeiro quarto de dormir ou o primeiro espaço familiar,  salvo nos casos de disputa de terras ou de tronos, coisas deste gênero. Atuamente o que é da ordem do privado, para muitos cai na mera elaboração de uma senha de e-mail ou pseudônimos que dão a aquela pessoa o sentimento de anonimato onde tudo pode ocorrer na ordem do histérico. Contudo, existe a necessidade do privado, não como uma forma egóica e irracional de convivência social, mas como forma de auto-preservação da dignidade, direito esse que vai da tranquilidade que se espera num veículo coletivo, no local de trabalho e mui especialmente, na intimidade da sua própria casa; com tantos recursos e ações invasivas, que vai de um inoportuno telemarketing que selvagemente tenta nos vender um produto ou mesmo quando nós apenas desejamos transformar ao menos nossa casa, no nosso lugar de soberania, onde podemos receber pessoas que nos proporcionem bem-estar, respeito e cordialidade, o que nada tem a ver com egoísmo; o discurso da igualdade entre as pessoas infelizmente não é argumento suficiente para abrirmos nossa porta e nos expor gratuitamente a invasões e perigos diversos. Seja como for, cada um é que sabe onde termina a privacidade e começa o egoísmo e vice-versa, aqui não se trata de julgar ações, mas creio se saudável que cada um saiba valorizar-se, saiba preservar-se, não por paranóia ou implicância, mas consciente de que mesmo no mundo em que vivemos, em que a cobiça é descabida, abrir seu coração a quem o seu coração permitir, com singeleza e alegria, sem pedágios, sem pressões; ainda que decepções sejam possiveis, isso só nos ensina a cuidar melhor de nós mesmos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Você pode parar um pouco?


Uma pergunta que alguém responderia de imediato: Claro que sim! pararia por alguns segundos e seguiria no seu movimento. Em tese nunca paramos, nosso cérebro só para com a morte, nosso corpo, órgãos voluntários e involuntarios não param, nossa rotina não pára e independente do tempo sideral, não paramos. e por que se cogitou que poderiamos parar? Na verdade nunca paramos, no conceito filosófico e existencial, podemos sim, usar do tempo que resolvemos dispor para refletir sobre alguma questão pessoal, o Dia em que a terra parou só foi possivel na ficção científica, ao meu ver, bem mais para fantasia. Chega um momento em que precisamos gerenciar nossas ações, como tirar os papéis inúteis de uma gaveta, com se fosse no final do ano, só que algumas vezes esta faxina interior precisa ser feita independente; esta sensação de organização das ações é uma dádiva, porém, a corrida do dia-a-dia ditam as prioridades e nos tornamos servos do relógio, da agenda, da produção e especialmente do conceito de que tudo isso é mais importante do que nós mesmos. Talvez este assunto seja oportuno para mim pois por força das circunstâncias eu estou parado, sem poder sair de casa, com um gesso na perna; como não posso parar, vim escrever um pouco sobre esta agonia, confesso; mas estou gostando de admitir que preciso parar e pensar um pouco mais na minha vida e no que tenho feito dela. Espero que voce que me lê agora, não precise deste recurso para pensar um pouco neste parar, é intrigante como o buscar alento e descanso para nosso ser é alcançado até por uma questão de disciplina; pois eu vou pensar seriamente nisso, me dedicar a uma ecologia pessoal, não esperar que a minha terra fique completamente poluída para pensar em uma salvação que pode ser impossível. Ahh sim... parabéns pela coragem de ler até o fim!