quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Escolhas, Escolhas...





Vocês sabem que minha praia é conhecer e compreender o comportamento humano, por isso não reparem se eu for hoje um tanto filosófico, uma ousadia da minha parte, apesar de que, quando falamos de realidade e ilusão, foi daí que, partindo de Aristóteles, Platão, passando por Descartes, passamos a tratar estes elementos como inerentes aos seres humanos que nos tornamos

Então, vou ao ponto: Qual seria, no fundo o maior desejo de todos nós, no decorrer da nossa vida? Eu me arrisco a dizer: Fazer escolhas sem o menor risco de perdas, no caso de me equivocar e um paraíso de bênçãos por conta de escolhas acertadas. ( Alíás, a pergunta que nunca vai se calar: o que seriam escolhas certas e erradas?)

Como seria genial, poder sempre ter atalhos de volta à estrada sem perder um só minuto, sem quebra-molas, sem pneus furados ou um assalto por ter entrado justamente naquela rua... Com seria fantástico eu poder escolher levianamente ir numa direção e sair incólume, apenas dando uma meia volta, sem perder o tempo, ainda mais empolgante, sem o risco de ferir pessoas e de ferir a si mesmo.

Pergunto: Como um atleta numa maratona compensará o tempo em que amarrará seu tênis, quando ele não tem dois marcadores mas apenas um marcador de tempo para chegar ao final de sua corrida?

Sim! Escolher sem esperar consequências é como sair para uma realidade paralela em que o marcador permite voltar atrás, mas ao voltar para a realidade, este corredor vai se defrontar com o número de batidas do seu coração que não retrocederão, pois este sutil aparelho chamado relógio surgiu muito tempo após nos darmos como gente.

Melhor então é reconhecermos que as escolhas sempre estarão ao nosso alcance, cabendo a nós estarmos bem conscientes para pagar o preço devido ao que escolhermos, sejam coisas excelentes ou as que pensávamos ser. Se precisamos arriscar? sim, sem dúvida, se precisamos sermos persistentes? sem dúvida, metaforizando, talvez eu queira sair da estrada para conhecer uma rua nova como foi no caso de hoje, acho que acabei passando numa rua bem sinistra, se quer saber, gostei de conhecer mas não passo mais lá, sai de lá me sentindo um sortudo!

Que neste ano, se será novo, vai depender das escolhas que fizermos; que todos nós tenhamos a felicidade de reconhecer nossos devaneios, perceber nossos limites e ter a coragem  suficiente de escolher o caminho da sabedoria, do equilíbrio e da coerência, afinal, nossa maior dádiva que temos reside na nossa terna, agitada e ao mesmo tempo empolgante realidade, aquela que nos faz ver o mundo, com responsabilidade, como deve ser.  Um imenso abraço pra você!

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