Então, vou ao ponto: Qual
seria, no fundo o maior desejo de todos nós, no decorrer da nossa vida? Eu me
arrisco a dizer: Fazer escolhas sem o menor risco de perdas, no caso de me
equivocar e um paraíso de bênçãos por conta de escolhas acertadas. ( Alíás, a
pergunta que nunca vai se calar: o que seriam escolhas certas e erradas?)
Como seria genial, poder
sempre ter atalhos de volta à estrada sem perder um só minuto, sem
quebra-molas, sem pneus furados ou um assalto por ter entrado justamente
naquela rua... Com seria fantástico eu poder escolher levianamente ir numa
direção e sair incólume, apenas dando uma meia volta, sem perder o tempo, ainda
mais empolgante, sem o risco de ferir pessoas e de ferir a si mesmo.
Pergunto: Como um atleta numa maratona
compensará o tempo em que amarrará seu tênis, quando ele não tem dois
marcadores mas apenas um marcador de tempo para chegar ao final de sua corrida?
Sim! Escolher sem esperar consequências
é como sair para uma realidade paralela em que o marcador permite voltar atrás,
mas ao voltar para a realidade, este corredor vai se defrontar com o número de
batidas do seu coração que não retrocederão, pois este sutil aparelho chamado
relógio surgiu muito tempo após nos darmos como gente.
Melhor então é reconhecermos
que as escolhas sempre estarão ao nosso alcance, cabendo a nós estarmos bem
conscientes para pagar o preço devido ao que escolhermos, sejam coisas
excelentes ou as que pensávamos ser. Se precisamos arriscar? sim, sem dúvida, se
precisamos sermos persistentes? sem dúvida, metaforizando, talvez eu queira sair da estrada
para conhecer uma rua nova como foi no caso de hoje, acho que acabei passando
numa rua bem sinistra, se quer saber, gostei de conhecer mas não passo mais lá,
sai de lá me sentindo um sortudo!
Que neste ano, se será novo,
vai depender das escolhas que fizermos; que todos nós tenhamos a felicidade de
reconhecer nossos devaneios, perceber nossos limites e ter a coragem
suficiente de escolher o caminho da sabedoria, do equilíbrio e da
coerência, afinal, nossa maior dádiva que temos reside na nossa terna,
agitada e ao mesmo tempo empolgante realidade, aquela que nos faz ver o mundo, com responsabilidade, como deve ser. Um imenso
abraço pra você!
Belíssima reflexão para o ano que só está começando.
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