domingo, 1 de junho de 2014

Derrubando equívocos sobre autoestima




Quem não já ouviu frases prontas como o “estar de bem com a vida”, ou “ser uma pessoa de sucesso” ou mesmo “fulano é uma pessoa tão alegre!” Não há dúvidas que a autoestima está visceralmente ligada à busca de realização pessoal, sendo que muitas pessoas podem se sentir quase inferiorizadas pela crença de que nunca alcançarão este tão almejado estado psicológico; é porque provavelmente associam autoestima a formas e manifestações que eles parecem não alcançar, se não vejamos algumas variantes que podem sem considerados uma boa condição de autoestima mas que, em termos finais, não seja adequado denominar-se como tal. Vamos aqui relacionar em princípio os três mais comuns equívocos:

a)toda pessoa extrovertida tem autoestima.
b)todas as pessoas que buscam sucesso tem autoestima.
c)pessoas reservadas e focadas em suas atividades não conhecem a autoestima.

Neste bloco vamos ao primeiro ponto que parece ser o caso mais comum. Uma pessoa com autoestima tem entre outras características a iniciativa de compartilhamento daquilo que para si é relevante, salutar, descontraído e em especial, participativo, cooperador, promotor de relações. Contudo, uma pessoa que no seu conteúdo é verborrágico, monótono na sua expressão facial/corporal, algumas vezes se expõe com muita proximidade física e agitação visível, não tem nestes elementos algo que revele atitude ou presença de autoestima. Nos estudos em Psicopatologia, observa-se que muitos destes elementos citados acima podem estar associados ao que caracterizam Transtorno bipolar em sua fase maníaca, ou seja, uma manifestação de descontração que não tem um motivo definido e que não produz um desenvolvimento pessoal como é produzido pelas vias saudáveis. Outro razão pela qual a extroversão pode não ser reflexo de uma pessoa com boa autoestima é a necessidade de visibilidade que na verdade todos nós temos legitimamente, porém nesse caso esta super visibilidade vem da necessidade de aceitação e autoafirmação, razão pela qual não podemos associar essa forma de extroversão ao que entendemos ser alguém que goste muito de si mesmo.



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