quinta-feira, 3 de abril de 2014

Psicologia e fé.

Tenho  sempre como marca constante no meu blog que não tenho à priori, apresentar um blog acadêmico ou preso a alguma abordagem psicológica, mas sempre procurar dar uma linguagem simples e objetiva naquilo que desejo expressar e compartilhar. Antes de René Descartes com seu conhecido pensamento “cogito ergo sum” (penso, logo existo), foi  o que começou a tratar da relação mente-corpo. Até antes dele, a  fé, em especial a fé cristã, era exercida pelos seus fiéis, em caráter religioso, atribuindo aos mensageiros e representantes de Deus para dar definições a tudo no universo, sem que houvesse ainda naquela época um conhecimento que pudesse por à prova tudo que pudesse fazer parte de um conjunto de crenças, conhecimento que denominamos hoje conhecimento científico. Até a primeira metade do século XIX, a Psicologia ainda tinha por seus arautos, como John Loke, o que comparava nossa existência a uma tabula rasa em que escrevíamos nossa própria história. Nota-se então que as questões da fé eram ainda muito associados a confirmações psicológicas ou emocionais como entendemos hoje, inclusive, ainda muitas religiões no mundo tem sua fé associada aos sentimentos, à cultura de uma região do globo, até mesmo por razões políticas a fé religiosa se estabeleceu, como no caso do Imperador romano Constantino que, segundo alguns autores teria se convertido ao Cristianismo e outros achem isso controverso devido ao interesse do mesmo pela unificação do seu império frente ao avanço desta religião.



O mais impressionante neste processo, de se pensar e definir-se razão e emoção, é possível que este antigo conceito de fé hoje dê  lugar a uma fé sobrenatural, ou seja, sem necessariamente ser confirmada pelas emoções ou pelo sentimentalismo, mas uma confiança serena de um ser superior que está além de um universo físico, uma intervenção divina que não vê em nada o caos ou a desordem, ou seja, acima do que estabelecemos como desígnio divino mas que na verdade, depende de elementos do sistema religioso para se sustentarem, uma fé íntima, intransferível e singular, desatrelada de todo sistema religioso, como retifica convictamente o Apóstolo Paulo em suas cartas, componentes da Bíblia Sagrada.


Por esta razão é importante que haja uma compreensão da fé em cada ser humano, cada um com seus símbolos e suas referências, mesmo que sujeitos a dogmas e preceitos religiosos, possam ter, de forma espontânea, a felicidade de reconhecer a razão pela qual veio ao mundo e consequentemente que caminho deve seguir, e desta forma ser aceito e reconhecido a legitimidade da sua fé,  tal como se interpreta na teologia cristã, a obra do Espírito santo que é totalmente individual e que faz com que cada indivíduo veja além dos sistemas que governam nosso cotidiano, este Ser Superior que sempre estará acima de todos os reinos e governos, o que leva cada indivíduo a viver bem consigo mesmo  e com o seu semelhante, meu modesto olhar.

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