Há que se pensar um pouco sobre
alguma confusão que se faz entre definição e conceito sobre este elemento
plenamente entremeado à nossa realidade: tempo. Ora, definimos tempo como a sua
contagem, sejam por eras, milênios, séculos, anos... dias, horas, minutos,
segundos, aliás, sistema criado por nós mesmos, a partir do dia que intuímos a
possibilidade de que cada dia precisaria ser contado, uma vez que o tempo
determina tantas coisas para nós desde que nos damos por gente, hora de
almoçar, hora de dormir, tempo de férias, tempos de estudos, tempos de calor,
etc. O conceito de tempo nos remete à um histórico que começa pela melhor que
conhecemos, cada um de nós pela nossa própria vida, com passado, presente, futuro,
recheados por saudades e aspirações, pois o presente agora é presente e nada
mais cabe senão o presente. Para o filósofo e padre Agostinho de Hipona, tempo é
conceituado por ele como algo proveniente da mente humana, pois o tempo não se
guarda em nenhum outro lugar, é apenas registrado por documentos e fotos, jamais
são retidos em algum cofre, o presente do passado é a lembrança e o presente do
futuro é o que aspiramos, tudo é intutivo e elaborado nessa nossa máquina de
pensar. Seriados de ficção como os da série The Time Tunnel, mostra a
assombrosa saga de dois cientistas que
teriam se perdido num labirinto de épocas passadas e futuras, mas em
todas as histórias deste seriado uma única conclusão aqueles exploradores
chegaram: que jamais se poderiam mudar a história, não de poderia evitar a
morte de Cristo nem a segunda Guerra mundial ou a Tomada das Bastilha, e até
mesmo nas viagens futuras, com a criatividade de Irwin Allen, o iniciador do
cinema catástrofe em hollyood, ele sugeria a herança humana deixada para o
futuro com uma boa dose de ironia. Enfim, o que seria voltarmos no tempo? A
melhor resposta seria uma frase em
latim: Carpe Dien, que quer dizer, aproveite o tempo de hoje, aproprie-se do
hoje! O que complica é que hoje, muitos associam o resgate do tempo a um
resgate apenas do que é prazeroso, devido ao discurso edonista, tudo “para
ontem” e melhor do que seria “hoje”. Como não temos como administrar o que é
passado e o futuro, devemos hoje viver para alcançar o melhor bem- estar
possível, quando postergamos ou deixamos para trás o que deveríamos ter feito,
teremos aquela conhecida frustração por
não ter sido melhor; então, alegre-se por pertencer ao presente, seja grato(a)
ao passado, não vá com tanta pressa ao futuro, pois se tudo lá na frente for
diferente, o teu relógio existencial estará sempre atualizado ao presente. Carpe Dien! Aproveite bem o dia de hoje!
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