Tempos depois, me tornei um técnico em
Meteorologia e passei a ser um observador do céu e atualmente sou um observador
do ser humano, um terapeuta. Eu me deparo hoje algo que me saltou aos olhos
sobre a função dos faróis. Por favor, poetas,
não se ofendam, só quero falar da minha experiência pessoal. Em ainda me lembro
da real função daqueles faróis que tanto localizei e, com esquadros e um
compasso, tomava a carta náutica, mais minha distancia -radar de terra, coincidindo os ângulos, eu podia saber
exatamente em que ponto do mar e da terra eu estava. Eu também me considero um poeta e nem por
isso me importo de desconstruir alguns conceitos e construir novos.
Para surpresa minha, compreendo hoje que os terapeutas devem ser como faróis,
não se arrogando sabedor dos segredos do navegante, a função dos faróis não é de iluminar o mar como
quem ilumina uma estrada assim como o terapeuta não se arroga de uma posição de
guru, ou alguém que vai dar luz a outro, mas única e singelamente, ajudar o
navegante a se dar conta de onde ele está, e isso para o navegante é tudo que ele
precisa para continuar navegando.
É simples assim. Como é gratificante reconhecer este outro que
está cada um no seu mar, assim como eu, alguém que continua navegando, agora
por outros mares, pois navegar é preciso e viver... também!
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