sexta-feira, 15 de março de 2013

Umbigo!



UMBIGO

Algo está faltando no ar, cheiro de mato, cidreira e jasmim,

E eu aqui me pergunto : Até quando vou continuar fugindo de mim?

Ultimamente nem olho em volta, vida que passa e tempo que voa,

Quantos sorrisos que finjo não ver, quantos  abraços deixados à toa.

 

No meu exílio me farto de pena de tudo que nunca deu certo pra mim,

E eu aqui me pergunto:  Até quando  vou aguentar essa fase ruim?

fico aqui, não arredo meus pés, sem que em primeiro eu seja ouvido

Até que eu possa me certificar que nada está totalmente perdido.

 

Tenho saudade de muitos momentos em que nada levava assim tão a sério,

Quantas piadas deixei de contar, quantas surpresas viraram mistério.

Volte correndo, vem me socorrer, hoje prometo que não fujo mais,

Mesmo que seja preciso morrer, eu vou ser gente conforme os demais.

 

Dizem que eu tenho o rei na barriga, que eu só olho pro próprio umbigo,

Dizem que sou egoísmo ambulante, mas para todos apenas eu digo:

Não vivo só como pensam vocês, tenho um excelente amigo,

Sim eu me amo e como eu me amo, quero ficar para sempre comigo!
 
 
Carlos Alberto Machado Gomes

Um comentário:

  1. "Dizem que eu tenho o rei na barriga, que eu só olho pro próprio umbigo"... Não tenho essa ideia da tua pessoa. Gosto deste verso: " Sim eu me amo e como eu me amo, quero ficar para sempre comigo!" Concordo que para amarmos os outros, precisamos de nos amar a nós próprios em 1º lugar. Não damos amor se ele não existe dentro de nós.

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