domingo, 15 de junho de 2014

Derrubando equívocos sobre auto-estima Parte 3


terceiro equivoco: Pessoas centradas e reservadas não desfrutam de auto-estima.


     Este pensamento parte justa e especialmente do preconceito e com a associação que se faz da auto-estima à passagem de uma imagem vencedora ao gosto dos ganhos de capital, como se imprime nos comerciais de TV, já não é de hoje. É necessário que se compreenda que a auto-estima não depende de julgamento alheio, não pode ser comparativo pois é algo altamente singular, que é percebido primeiramente por aquele que a usufrui, ou seja, não depende de um motivador, não é algo circunstancial; pode-se ter momentos agradáveis que até promovam a auto-estima mas é dentro de cada indivíduo que este gostar de si mesmo se estabelece independente do momento, pois está diretamente relacionado ao que este indivíduo pensa de si mesmo.
     Uma pessoa reservada não representa meramente alguém que se resguarda; é necessário que se entenda que existe de fato a timidez relacionada a uma dificuldade de expor os seus sentimentos em público, como por exemplo dificuldade de falar em público; há também o que é visto como timidez algo que faz parte da índole do indivíduo, que indica o seu direito de se preservar, ser cauteloso nas suas ações, isto é algo salutar para a o cuidado de si mesmo. Uma pessoa com poucas palavras mas que demonstra coerência quando expõe suas opiniões, alguém que não depende de grupos de estudo associado a outras atividades sociais, é também uma característica normal em pessoas que se reservam e nem por isso são arrogantes e com dificuldades de se comunicar. Quando surgem situações em que é necessário um certo isolamento para se concentrar nos estudos, abrindo mão de algumas atividades de lazer, isso demonstra disciplina e determinação, assim como fazem os atletas, que precisam treinar exaustivamente, às custas de deixar de lado um passeio com amigos ou mesmo um tempo para namorar; em suma: pessoas que buscam a disciplina, a organização da vida e de sua carreira só podem enfrentar estes desafios se tiverem uma ótima imagem de  si mesmo, o que apenas interessa a cada um.
O objetivo deste tema é na verdade, podermos compartilhar com nossos amigos na rede, assim de forma bem informal e direta, como compreendermos melhor o comportamento humano e assim possamos encontrar no meio de tantas pessoas, aquelas que vão nos inspirar e nos ensinar a ter um verdadeiro amor por nós mesmos.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Derrubando alguns equívocos sobre autoestima- parte 2


Segundo equívoco: todas as pessoas que buscam sucesso tem autoestima.

Existe um conhecido provérbio do rei Salomão, que diz: Lança teu pão sobre as águas e depois de muitos dias os acharás (Eclesiástico). Não há uma só teoria sobre o significado deste pensamento, mas é o que de fato os grandes investidores procuram no meio de uma população de candidatos ávidos a uma vaga no mercado de trabalho que o(a) tornará mais um caso de sucesso.
Na verdade, não se pode implantar a autoestima; uma equipe de trabalho pode passar por uma bateria de desafios mercadológicos mas somente vão superar as dificuldades quem acredita na sua capacidade como pessoa, não meramente como um candidato a um emprego, então a empresa na verdade faz uma garimpagem para encontrar estas pepitas preciosas, pessoas que acreditam na sua força e amarão o que fazem simplesmente porque sabem amar, sabem preservar a sensibilidade, mantém o respeito aos seus iguais e ainda que não obtenham a vaga em razão da filosofia da empresa, são maduros o suficiente para reconhecerem a excelente oportunidade que tiveram de superar obstáculos, tornando-os inclusive para maiores desafios que aquele.

Em suma, os que se envolvem com aqueles conhecidos jargões corporativos, adquirem uma mise in scene empresarial ou que são apenas ambiciosos com o recheado salário almejado e anunciado, não necessariamente ferramentados com as graças da autoestima, desordenam suas prioridades em nome da proposta selvagem do mercado, por um tempo podem produzir mas a desordem existencial pode por todo castelo de sonhos por terra, por não ter tido cuidado de si mesmo, de formas que, ao se envolver em qualquer projeto que envolva esforço, garra, faça-o pois tudo na vida tem o seu preço, inclusive o preço de uma excelente qualidade de vida, uma pessoa realizada dentro do que ele ama fazer por desfrutar de uma boa autoestima.

domingo, 1 de junho de 2014

Derrubando equívocos sobre autoestima




Quem não já ouviu frases prontas como o “estar de bem com a vida”, ou “ser uma pessoa de sucesso” ou mesmo “fulano é uma pessoa tão alegre!” Não há dúvidas que a autoestima está visceralmente ligada à busca de realização pessoal, sendo que muitas pessoas podem se sentir quase inferiorizadas pela crença de que nunca alcançarão este tão almejado estado psicológico; é porque provavelmente associam autoestima a formas e manifestações que eles parecem não alcançar, se não vejamos algumas variantes que podem sem considerados uma boa condição de autoestima mas que, em termos finais, não seja adequado denominar-se como tal. Vamos aqui relacionar em princípio os três mais comuns equívocos:

a)toda pessoa extrovertida tem autoestima.
b)todas as pessoas que buscam sucesso tem autoestima.
c)pessoas reservadas e focadas em suas atividades não conhecem a autoestima.

Neste bloco vamos ao primeiro ponto que parece ser o caso mais comum. Uma pessoa com autoestima tem entre outras características a iniciativa de compartilhamento daquilo que para si é relevante, salutar, descontraído e em especial, participativo, cooperador, promotor de relações. Contudo, uma pessoa que no seu conteúdo é verborrágico, monótono na sua expressão facial/corporal, algumas vezes se expõe com muita proximidade física e agitação visível, não tem nestes elementos algo que revele atitude ou presença de autoestima. Nos estudos em Psicopatologia, observa-se que muitos destes elementos citados acima podem estar associados ao que caracterizam Transtorno bipolar em sua fase maníaca, ou seja, uma manifestação de descontração que não tem um motivo definido e que não produz um desenvolvimento pessoal como é produzido pelas vias saudáveis. Outro razão pela qual a extroversão pode não ser reflexo de uma pessoa com boa autoestima é a necessidade de visibilidade que na verdade todos nós temos legitimamente, porém nesse caso esta super visibilidade vem da necessidade de aceitação e autoafirmação, razão pela qual não podemos associar essa forma de extroversão ao que entendemos ser alguém que goste muito de si mesmo.