Hoje estava com minha esposa fazendo
compras no Hipermercado Carrefour, na saída do Rio de Janeiro via BR-101.
Periodicamente vou lá fazer algumas
compras de gêneros alimentícios. Como sabem, este hipermercado, com sua variada banca de
vendas, já é bem conhecida em todo o Brasil. Só não esperava que ia me deparar
com uma cena grotesca, tola e perturbadora da tranqüilidade dos clientes. Em
dado momento, ouço um som de sirene no meio
daquele grande recinto, semelhante a um alarme policial ou do Corpo de
Bombeiros. Em princípio, pensei ser aqueles carros que recompõem mercadorias,
mas logo vi que era um megafone na mão de provável funcionário. Segundos mais
tarde ele se coloca no meio do povo e fala para ficarem tranqüilos, para não se
agitarem com nada; para mim não havia dúvidas, algo de muito sério estava
acontecendo dentro ou fora daquele estabelecimento. Pensei em tudo, até em um seqüestro
gigante, um arrastão, ainda mais que no meio de todo aquele palavrório
inesperado surgiu a palavra “negociação”. Então pensei: pronto, estamos reféns
de bandidos! Já íamos deixando o carro
de compras com tudo que já tínhamos retirado das bancadas e sairmos sem pânico,
até que três minutos depois soube que tudo aquilo era para promover a venda de
uma TV de tela plana 47 polegadas.
Não sei o que todo aquele povo achou
mas assim que souberam da trama feita pelo funcionário alarmista, voltaram
todos para seus carros de compras, sabe lá Deus se estavam todos bem, se não
haviam ali, pessoas traumatizadas com a violência de marginais, ou mesmo
pessoas hipertensas ou no limite do seu bom senso.
Pensei em fazer uma reclamação num
conhecido site para este fim mas resolvi apenas conversar sobre isso com você. Que
grande estratégia é esta que se justifica em anunciar um aparelho de TV com um
grande acontecimento comercial, nos moldes como foi realizado. Não vi cenas de
protesto pelo que houve, mas um silêncio sofrido, pelo menos da minha parte,
por não acreditar que eles teriam o atrevimento de praticar esta metodologia de
vendas, como se fossemos uma boiada que se renderia ao medo e sem reflexão
alguma, compraria sem pensar um aparelho de TV com novidades tecnológicas com
uma diferença de duzentos Reais que fossem. Isso me trás um lampejo de
esperança de que este silêncio, não seja mais um medo submisso, mas o
enchimento das medidas de uma população que se vê em outros aspectos sociais,
desenganados, iludidos e zombados em sua credulidade; estão começando a se
tornar incrédulos. Qual será o próximo passo? O que mais essa selvageria do
mercado vai preparar para um povo que trabalha e que quer ao menos respeito e
consideração quando se dirigem a um estabelecimento para obter seus gêneros de
necessidade? E a pergunta que não quer calar: será que a antiga lei da física
não vai se aplicar a isto, que toda ação gera uma reação, nesse caso, talvez
numa força ainda maior que a primeira? Não se esqueçam que quem não tem
competência não se estabelece, é como no relacionamento: a fila anda!!
Olha, sinceramente, na minha modesta opinião, você é um chato de galochas. Eu hein...
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