Não quero polemizar, sei que nas relações de consumo é fundamental o bom tratamento a um cliente, no momento em que ele vem ao comércio a procura de um produto, ainda que, (ninguém merece!), surjam aquelas frases originais: O senhor já foi atendido? Posso ajudar? ou o mais irritante: aquele sonoro, fanhoso e metálico bom dia! se esforçam! não quero ser injusto!!) rs rs Por conta e risco de parecer piegas, me aventuro a dizer que o bom tratamento a qualquer ser humano, seja no comércio, com na rua, num meio de transporte, ou em qualquer outro ambiente público, passa com certeza pelo valor que cada um atribui a si mesmo. Em nome de uma suposta autenticidade, na verdade muitos procuram proteger-se do outro, não pelo fato deste outro apresentar-se violento ou perigoso de alguma forma, mas é porque quando olhamos para a simplicidade das pessoas, nos sentimos fazer parte deste mesmo mundo, uma vez que possamos nos ver humildes diante da vida, humildade no seu melhor sentido. Ao contrário disso, nós nos curvamos e negamos ao outro aquilo que lhe confere, um bom tratamento, congruente e desinteressado, pois este não dispõe dessa capacidade de troca. Fico aqui pensando se aquele tratamento de tanta performance, fosse na verdade uma constante no tratamento afetivo com seus iguais, colegas, companheiros de trabalho, mas também aos vizinhos, parentes, filhos, cônjuge...obviamente não me refiro a um comportamento servil e anulante, mas um demonstração espontânea e livre do reconhecimento do outro.
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