Usando intencionalmente daquele bordão dos anos 70, ainda que sob novo olhar, não ao sabor dos ideais ingênuos, " pois ainda somos os mesmos e vivemos..." mas agora mais consciente, psicobeleza é acima de tudo, buscar e proporcionar o melhor bem- estar possível para todos nós. Bem-vindos!
segunda-feira, 4 de abril de 2016
sábado, 2 de abril de 2016
A Relação Eu-Tu
Falar da relação Eu-Tu e da relação Eu-Isso é, inevitavelmente, navegar pela construção cognitiva de Martin Buber. Para a Gestalt-terapia estas duas relações representam o princípio dialógico em psicoterapia.
Primeiro, vou apresentar rapidamente este filósofo-religioso que nasceu em Viena (1878-1965). Embora tenha sofrido a influência de vários pensadores contemporâneos com tendências existencialistas, ele se orientou filosoficamente na temática da mística judaica.
O tema da fé e suas formas era o assunto central que norteava seus pensamentos. Associado a este primeiro, está a forma como ele descreve a experiência e a vivência relacional do ser humano, ou seja, como ficam as bases para estas relações. Para ele, era importante discutir e apontar os diversos tipos de relações existentes entre homens-homens e entre homens-coisas. Ele entende por relacionamento o encontro entre dois seres que dialogam.
A relação sujeito-sujeito, constitui o mundo do “Tu”, e a relação sujeito-objeto constitui o mundo do “Isso”. O mundo do Tu, pode estar exemplificado na relação Eu-Tu e é configurado com o ser inteiro, ao contrário da relação Eu-Isso. O Eu-Isso envolve a relação entre um ser e uma parte ou elemento do outro, enquanto que o Eu-Tu consiste no relacionamento pleno entre os dois seres, englobando em sua amplitude os sentimentos e ideias de ambos. Para Buber, a autenticidade do homem reside em sua inserção na relação eu-tu e não na relação eu-isso.
A vida verdadeira está no encontro direto e autêntico entre os sujeitos, afinal este encontro capacita-o a tornar-se inteiro. Nesta relação direta não pode se interpor nem pensamentos e nem ideias, mantendo assim a “pureza” entre estes sujeitos. Porém, não significa que seja fácil, pois, muitas vezes, nos relacionamos com o outro despersonalizando-o e retirando deste encontro o que pode acontecer de imprevisto e inusitado.
No Eu-Isso embora haja uma relação, ou um relacionar-se, o outro é visto e vivenciado como um objeto de manipulação. É negado a ele a chance de ser abordado diretamente como pessoa. Não há permissão de se conectar com a mesma parte da outra pessoa e nem de buscar o aspecto pessoal e especialmente humano desta. O que ocorre é um contatar Eu-Isso congelado, que não flui, e nunca poderá caminhar para o Eu-Tu.
Para entendermos melhor este assunto, vamos pensar nas nossas relações diárias e rotineiras. Uma pessoa trabalha num escritório e todo dia, no mesmo horário, vem uma pessoa da faxina e limpa o local e retira o lixo. Muitas vezes, a pessoa nem percebe este ritual e não há uma interação direta com a pessoa. O máximo que acontece é um bom dia que ocorre de forma automática e mecânica.
Não há contato visual, e muito menos uma intenção de troca nesta comunicação. Embora sejam duas pessoas teoricamente se relacionando, segundo os princípios de Buber, a relação que acaba de ocorrer é uma relação eu-isso. Por outro lado, se quando a moça da limpeza chega, há uma interrupção na sua tarefa, uma comunicação sincera e autêntica e até a percepção, por exemplo, de que a pessoa não está com “cara muito boa”.
Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/23659/relacao-eu-tu#ixzz44d6H9zId
Primeiro, vou apresentar rapidamente este filósofo-religioso que nasceu em Viena (1878-1965). Embora tenha sofrido a influência de vários pensadores contemporâneos com tendências existencialistas, ele se orientou filosoficamente na temática da mística judaica.
O tema da fé e suas formas era o assunto central que norteava seus pensamentos. Associado a este primeiro, está a forma como ele descreve a experiência e a vivência relacional do ser humano, ou seja, como ficam as bases para estas relações. Para ele, era importante discutir e apontar os diversos tipos de relações existentes entre homens-homens e entre homens-coisas. Ele entende por relacionamento o encontro entre dois seres que dialogam.
A relação sujeito-sujeito, constitui o mundo do “Tu”, e a relação sujeito-objeto constitui o mundo do “Isso”. O mundo do Tu, pode estar exemplificado na relação Eu-Tu e é configurado com o ser inteiro, ao contrário da relação Eu-Isso. O Eu-Isso envolve a relação entre um ser e uma parte ou elemento do outro, enquanto que o Eu-Tu consiste no relacionamento pleno entre os dois seres, englobando em sua amplitude os sentimentos e ideias de ambos. Para Buber, a autenticidade do homem reside em sua inserção na relação eu-tu e não na relação eu-isso.
A vida verdadeira está no encontro direto e autêntico entre os sujeitos, afinal este encontro capacita-o a tornar-se inteiro. Nesta relação direta não pode se interpor nem pensamentos e nem ideias, mantendo assim a “pureza” entre estes sujeitos. Porém, não significa que seja fácil, pois, muitas vezes, nos relacionamos com o outro despersonalizando-o e retirando deste encontro o que pode acontecer de imprevisto e inusitado.
No Eu-Isso embora haja uma relação, ou um relacionar-se, o outro é visto e vivenciado como um objeto de manipulação. É negado a ele a chance de ser abordado diretamente como pessoa. Não há permissão de se conectar com a mesma parte da outra pessoa e nem de buscar o aspecto pessoal e especialmente humano desta. O que ocorre é um contatar Eu-Isso congelado, que não flui, e nunca poderá caminhar para o Eu-Tu.
Para entendermos melhor este assunto, vamos pensar nas nossas relações diárias e rotineiras. Uma pessoa trabalha num escritório e todo dia, no mesmo horário, vem uma pessoa da faxina e limpa o local e retira o lixo. Muitas vezes, a pessoa nem percebe este ritual e não há uma interação direta com a pessoa. O máximo que acontece é um bom dia que ocorre de forma automática e mecânica.
Não há contato visual, e muito menos uma intenção de troca nesta comunicação. Embora sejam duas pessoas teoricamente se relacionando, segundo os princípios de Buber, a relação que acaba de ocorrer é uma relação eu-isso. Por outro lado, se quando a moça da limpeza chega, há uma interrupção na sua tarefa, uma comunicação sincera e autêntica e até a percepção, por exemplo, de que a pessoa não está com “cara muito boa”.
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sexta-feira, 1 de abril de 2016
Bendito Chá de Boldo!
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