domingo, 27 de outubro de 2013

Perdidos na Rede


Coloquei este título parafraseando aquele polêmico início da carreira de apresentador de TV, Fausto Silva, na TV Bandeirantes, O Programa Perdidos na noite. Naquela época, a temática deste programa superava-se a cada edição, com situações inusitadas que envolvia sensualidade, a picardia, o ridículo, cenas de gosto suspeito, entre outras “pegadinhas”.  Até então, o conhecido e eternizado ícone do escrachado televisivo, Abelardo Chacrinha Barbosa, na TV Globo, era líder em audiência em programas de auditório.
Com o falecimento do velho guerreiro da Globo, Fausto Silva seria o substituto mais próximo do Abelardo Barbosa para conduzir os programas de auditório, com música, entretenimento e concursos populares.
Coincidentemente, muitas outras mudanças estavam acontecendo em outros contextos, levando os meios de comunicação a uma forma simplista de trazer aos telespectadores o que seria uma proposta de abertura na liberdade de expressão, que culmina atualmente na forma com que a fala e a escrita se expressam no meio popular, em nome de uma modernização da língua, particularmente nas redes sociais.
Confesso que, nos meus primeiros contatos com a internet, mais especificamente, aqueles blogs gratuitos e a primeiras redes sociais, me preocupei de manter minha comunicação escrita sem modismos ou gírias,  muitas das quais nem sabia o que significava. Daí em diante,  me vi frente a um dilema, uma dúvida cruel no  que meu interlocutor de fato gostaria de me dizer; como saber se ele assumiu uma forma de linguagem que tomou como politicamente correta, um glossário de abreviaturas, sinais e interjeições das mais variadas, ou então ele  estava tentando embarcar numa nova forma de escrita internetês  para com o tempo ganhar domínio deste novo “idioma”?



Independente do discurso filosófico da humanização da cibernética, só quero frisar que estou disposto a me atualizar na minha forma de comunicação, ainda porque, tenho que acompanhar o desenvolvimento da sociedade. Contudo, receio que eu devo estar preso a uma forma lingüística tradicional; ao mesmo tempo creio que o âmbito acadêmico é o espaço real que me faz mais confortável, pois ainda sustenta a ortografia como eu conheço desde o meu curso primário, meu ensino Fundamental. Por isso, me tornei muito seletivo na minha forma de interagir e de trocar idéias e informações com quem entende melhor meu português; para não me ver na necessidade de adivinhar o que o internetês  quer que eu entenda e eu corra o risco da ficar entre os perdidos na rede.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

me perdoe, Pipa!

Eu preciso te confessar, Pipa, que eu te amei, vivi momentos os quais há mito tempo não vivia. Tudo começou desde a chegada ao seu paraíso, muito mar, romantismo, glamour sem luxo barato, gente, você sabe como eu gosto de gente, comida impecável e atraente aos olhos, tudo me fascinou. Fui feliz nesses momentos, você sabe quando alguém se apaixona por você; 
Não chores por mim, pois neste momento novos amantes virão e se encantarão por você, nem precisaria te dizer isso, você sabe da beleza e da sensualidade que você tem; tenho certeza que você terá sempre uma vida feliz, pois sempre encontrará quem se encante com suas ondas, seu exotismo e tropicalidade, jamais esquecerei de você, ainda que, não tenha te visto totalmente, ficou um espaço de curiosidade no meu coração.
Só preciso te dizer que sou um caminhante e que, há momentos na vida de uma pessoa que não posso cometer o crime de retroceder, pois são momentos inéditos, os quais vale a pena vivenciar e saborear. Hoje a vida segue seu rumo e durante esta semana te cultuei,  te curti e compartilhei no facebook, mas escuto em mim um grito ensurdecedor, me chamando a outros momentos maravilhosos que não serão necessariamente em suas praias. Tenho receio de que, ao tentar repetir o prazer, para mim não seja mais a mesma novidade,  este clamor não é necessariamente por uma outra praia, mas quem sabe, ou outro fazer, já estou cheio de idéias, estou a fim de ver minha vida profissional por um novo ângulo, minhas amizades em um novo momento, um momento novo para mim mesmo, não faz diferença o que seja, mas que seja singular e que valha a pena se vivido verdadeiramente.
Dentro de um ano quero falar fluentemente um novo idioma, devo me dedicar mais à música, estou decidido a cuidar mais da minha saúde física, emocional e espiritual, pois assim, eu terei a felicidade não de ter algo que outros tenham, mas de ter o que vai me alegrar imensamente e que fará parte do acervo dos meus momentos felizes. Se não falar um novo idioma, que eu fale melhor o meu português, se não fizer parte de uma orquestra, eu serei maestro de mim mesmo através da minha música, se eu não for tão dedicado à minha saúde, que eu tenha o melhor bem-estar possível, mas um certeza eu alimento: de que novos e ricos momentos tais como eu passei em seu paraíso, Pipa, eu terei ainda muitos outros momentos inéditos e que me farão agradecido a Deus por ter uma vida tão boa!