Usando intencionalmente daquele bordão dos anos 70, ainda que sob novo olhar, não ao sabor dos ideais ingênuos, " pois ainda somos os mesmos e vivemos..." mas agora mais consciente, psicobeleza é acima de tudo, buscar e proporcionar o melhor bem- estar possível para todos nós. Bem-vindos!
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Para quem eu daria uma pedra-carta?
Para quem eu daria uma Pedra-CARTA?
Para quem não assistiu o filme “ A Partida” uma produção do cinema japonês, recomendo com empenho, claro que não vou contar o filme apenas vou me prender a um detalhe que aparece neste filme,(mas quem quer que eu conte , é só ler neste blogspot mais abaixo). O detalhe é um hábito familiar numa região do Japão, em que, ao final de cada ano, vai-se até a praia e apanha-se uma pedra e doa-se ou troca-se pedras com uma pessoa que seja querida. A pedra é selecionada conforme a cor, o grau de aspereza, peso, forma, tudo que possa se alinhar ao que o doador quer transmitir. Cada uma das características da pedra vão representar traços dos sentimentos daquela pessoa para com o outro.
Já faz um ano, mesmo antes de ter assistido esse filme, me deparei com um acontecimento inesperado e absurdamente simples: Estava eu numa praia de Azeda, em Búzios, quando uma pequena pedra me chamou a atenção, tanto que acabei guardando até hoje como um tesouro. Depois ter assistido o filme, percebi que coincidentemente, eu havia selecionado aquela pedra a exemplo da história contada em “A Partida”, sem ter alguém definido para presentear.
Hoje me pergunto para quem eu daria algo tão íntimo, já pensei em pessoas especiais, gente que mora no meu coração, gente com quem eu tenho o mais puro carinho e consideração, sendo que até hoje não elegi nenhum deles. Das duas uma: este presente teria um significado mais social mesclado ao afetivo, diferente ao apresentado no filme, em que a pedra é um presente que um pai dá para seu filho ainda pequeno. Pensando bem, esta pedra só seria um ponto de contato para uma lembrança e com uma finalidade de ser apenas um presente, sem espera de retribuição. O amor que promove grampos no relacionamento é o amor da codependência, tipo, eu cuidei tanto de você! Você não pode ir embora agora! Então se que se satisfaçam com meus gestos, minhas atitudes, minha assertividade e minha integridade e apenas recebam de graça o que eu tenho, pois eu também receberei de cada um todo conjunto de expressões de carinho, creio que assim se revela uma autentica e genuína amizade.
Por Carlos Alberto Gomes
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
amor impossível versus amor possível
Ao ouvir estes termos semanas atrás, fiquei a pensar sobre o que o cancioneiro popular e a literatura nomeiam sobre estes dois matizes da afetividade. No amor possível, um relacionamento amoroso é cercada de uma forma de amor que chamaríamos de amor concreto, o amor do cuidado com o outro. Um ponto que pode minar esta motivação é justamente o da certeza de tudo, do romance rotineiro, de um amor blindado, racionalizado, em que nada pode dar errado, uma suposta predestinação sacralizada, pois se baseiam em crenças que não podem exclusivamente nutrir uma vida a dois; o que é rígido tende a quebrar. E o amor impossível? Ah, quantos já desistiram dele, pois é o amor do sofrimento, das desilusões e das esperas, assim como os dramaturgos escrevem tanto. Na verdade, não fazemos idéia das belas surpresas de um amor impossível, tão propalada com inalcançável, é o amor corajoso, despojado das bagagens “do que já viu na vida”, é o amor que pode ser revivido, resgatado, sonhado e realizado, o amor da celebração da juventude e o brinde da alegria. Você se atreveria a ter um caso de amor com seu cônjuge ou parceiro(a)? Amor impossível, um desejo viável, que não precisa ser eterno, só precisa ser renovado, um amor inesperado todos os dias, com todas as cores e sabores em nosso belo e previsível mundo.
Não vou mentir pra você! :... ... ...
Esta frase aparece em alguns momentos em que somos tomados de uma ansiedade, frente à necessidade de mostrar autenticidade nas suas palavras. A verdade na história vai ganhando novos conceitos a partir do que os sacerdotes na antiguidade falavam acerca dos seus deuses, tempos depois a criação da testemunha que comprova um fato chegando ao que cultivamos hoje, a verdade dos nossos sentimentos e sensações, pelo mesmo veículo: a arte do discurso. Para muitos soa como uma boa noticia ao que vou afirmar: dentro deste novo paradigma, ainda que involuntariamente, nós sempre diremos a verdade.
Nessa saga narcisista, corremos atrás de ecos nunca se satisfazendo, cabe a cada uma coragem socrática de reconhecer o outro, que momento nosso discurso é invasivo, a serviço dos nossos delírios, como o da sedução e confissões que não foram pedidos. Cabe a cada um saber trabalhar com o conceito de verdade que coloca em prisma o que é justo; ser verdadeiro é ser ético. Verdade ética! Novo conceito? Por quê não?! Mais do que palavras, o que sai de nós e produz no outro.
Nessa saga narcisista, corremos atrás de ecos nunca se satisfazendo, cabe a cada uma coragem socrática de reconhecer o outro, que momento nosso discurso é invasivo, a serviço dos nossos delírios, como o da sedução e confissões que não foram pedidos. Cabe a cada um saber trabalhar com o conceito de verdade que coloca em prisma o que é justo; ser verdadeiro é ser ético. Verdade ética! Novo conceito? Por quê não?! Mais do que palavras, o que sai de nós e produz no outro.
sábado, 22 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
What I love about you (ou: Falar eu te amo nao diz tanto assim…)
Lendo umas paginas da revista Marie Claire americana acabei parando numa pequena enquete que feita a jovens universitários sobre o que amavam sobre a pessoa com quem foi fotografado é que cheguei aqui com esse texto.
O que eu amo em você? O que eu amo na maior parte das pessoas que eu amo? O todo é menor que as partes. A gestalt me diria o oposto, mas a minha percepção agora não vai dar ouvidos ou reflexão a essa lei da forma. Definitivamente amo pequenas coisas nos que eu amo. São coisas que as fazem maiores, as caras, atitudes, surpresas, obviedades, as coisas que eu já espero porque fulano simplesmente é assim, ainda bem!
Já parou pra pensar o que você ama em pelo menos 3 pessoas que você realmente destaca do planeta inteiro pra você? Podem ser defeitos, pode ser físico, pode ser espiritual, pode ser qualquer coisa, mas você já parou pra esse exercício?
Sugiro que você o faca. Acho que quando a gente chega a resposta como essa chega mais perto da gente mesmo. O que eu sou senão o que eu amo, odeio, como, sou, não sou, visto? Eu sou as coisas que eu uso, produzo e ignoro. Eu sou o que eu amo.
Não acho que auto conhecimento seja uma coisa possível, não como um todo. Ninguem se conhece e isso é o que torna nossa convivência conosco minimamente possível, sem grandes surtos…ne? Pelo menos no geral…
Amo a risada, amo o jeito inocente que me escuta mas não me entende, amo o quanto me respeita e me olha nos olhos me admirando, amo a criança que existe nela, amo o eterno querer, amo a simplicidade dos sentimentos dele. Amo quando ele tenta em vão se adaptar a esse mundo, ele simplesmente não pertence aqui, é um desajustado! Amo quando ela esta de um humor e a gente pode ser feliz fazendo qualquer coisa. Eu sou isso tudo que não habita em mim porque eu sou tudo que eu vejo em você também.
Dizer o que se ama em alguem pode dizer mais que falar ” eu te amo”.
Por ANNA BARRETO
Gosto de pensar que se ama por que se ama, se tenho algo para te dar, este algo passará a ser exclusivamente seu, você nada me deve. O que poderiamos chamar de amor condicional creio ser uma negociação consciente num relacionamento a dois, nesse caso Vinicius de Moraes teria acertado o alvo, em seu desfecho, amor eterno enquanto dure. Somos atravessados por uma forma de amar carregado de dependencias e estereótipos, que vão desde os perfis familiares até o fundamentalismo religioso, bem aquém das possibilidades deste amar o que faz parte do outro; que nos daria um horizonte bem maior de conpreensão dessa diversidade tão póxima de nos; isso é de um barulho ensurdedor pois então eu também deveria aceitar ser amado por alguma pequena parte de mim, seria um golpe cruel diante da minha maravilhosa criação: eu. Adorei teu post, arrazou! kss
Lendo umas paginas da revista Marie Claire americana acabei parando numa pequena enquete que feita a jovens universitários sobre o que amavam sobre a pessoa com quem foi fotografado é que cheguei aqui com esse texto.
O que eu amo em você? O que eu amo na maior parte das pessoas que eu amo? O todo é menor que as partes. A gestalt me diria o oposto, mas a minha percepção agora não vai dar ouvidos ou reflexão a essa lei da forma. Definitivamente amo pequenas coisas nos que eu amo. São coisas que as fazem maiores, as caras, atitudes, surpresas, obviedades, as coisas que eu já espero porque fulano simplesmente é assim, ainda bem!
Já parou pra pensar o que você ama em pelo menos 3 pessoas que você realmente destaca do planeta inteiro pra você? Podem ser defeitos, pode ser físico, pode ser espiritual, pode ser qualquer coisa, mas você já parou pra esse exercício?
Sugiro que você o faca. Acho que quando a gente chega a resposta como essa chega mais perto da gente mesmo. O que eu sou senão o que eu amo, odeio, como, sou, não sou, visto? Eu sou as coisas que eu uso, produzo e ignoro. Eu sou o que eu amo.
Não acho que auto conhecimento seja uma coisa possível, não como um todo. Ninguem se conhece e isso é o que torna nossa convivência conosco minimamente possível, sem grandes surtos…ne? Pelo menos no geral…
Amo a risada, amo o jeito inocente que me escuta mas não me entende, amo o quanto me respeita e me olha nos olhos me admirando, amo a criança que existe nela, amo o eterno querer, amo a simplicidade dos sentimentos dele. Amo quando ele tenta em vão se adaptar a esse mundo, ele simplesmente não pertence aqui, é um desajustado! Amo quando ela esta de um humor e a gente pode ser feliz fazendo qualquer coisa. Eu sou isso tudo que não habita em mim porque eu sou tudo que eu vejo em você também.
Dizer o que se ama em alguem pode dizer mais que falar ” eu te amo”.
Por ANNA BARRETO
Gosto de pensar que se ama por que se ama, se tenho algo para te dar, este algo passará a ser exclusivamente seu, você nada me deve. O que poderiamos chamar de amor condicional creio ser uma negociação consciente num relacionamento a dois, nesse caso Vinicius de Moraes teria acertado o alvo, em seu desfecho, amor eterno enquanto dure. Somos atravessados por uma forma de amar carregado de dependencias e estereótipos, que vão desde os perfis familiares até o fundamentalismo religioso, bem aquém das possibilidades deste amar o que faz parte do outro; que nos daria um horizonte bem maior de conpreensão dessa diversidade tão póxima de nos; isso é de um barulho ensurdedor pois então eu também deveria aceitar ser amado por alguma pequena parte de mim, seria um golpe cruel diante da minha maravilhosa criação: eu. Adorei teu post, arrazou! kss
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